quinta-feira, novembro 10, 2011

DNA confirma veracidade de pintura rupestre

Há aproximadamente 25 mil anos [segundo a cronologia evolucionista], seres humanos entraram em uma caverna no local em que hoje é o sudoeste da França. As marcas que eles deixaram perduram até hoje [e são muito bem executadas para meros “homens das cavernas”]. Eles desenharam imagens de animais nas paredes e no teto da caverna, usando materiais como varetas, carvão e óxido de ferro. Os leões, mamutes e cavalos malhados desenhados movimentam-se, pastam e se reúnem em bandos. A arte da caverna Pech-Merle e de centenas de outras presentes em todo o continente europeu atualmente representa a evidência de que, muito antes dos tempos modernos, os seres humanos usavam a criatividade. Mas o que são exatamente essas pinturas rupestres? Os artistas pré-históricos [sic] apenas esboçavam a paisagem vista por eles todos os dias? Ou essas imagens seriam mais simbólicas, divergindo da realidade, ou ainda, representando criaturas raras ou místicas? Perguntas como essas dividiram a opinião de arqueólogos durante anos.

Agora, um grupo de cientistas usou técnicas bastante modernas para ajudar a decifrar o mistério, ao menos em relação aos famosos cavalos malhados da caverna Pech Merle. Comparando o DNA de cavalos modernos com os que viveram na Idade da Pedra, os cientistas determinaram que os desenhos são representações realistas de um animal que coexistiu com os artistas rupestres. [E por que não chegam à mesma conclusão quando se trata de dinossauros?]

A pesquisa foi publicada online na segunda feira passada, na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, e originou-se do empenho em identificar as cores da pelagem de cavalos antigos a fim de descobrir quando esses animais foram domesticados, momento crucial do desenvolvimento das sociedades humanas. A variedade de cores observada nas espécies domesticadas é, de modo geral, bem maior do que nas espécies selvagens. Por isso, compreender a variação de cores dos fósseis de animais pode ajudar a determinar o período. [...]

Um dos autores do estudo, o biólogo evolutivo Michael Hofreiter, da Universidade de York, na Inglaterra, afirmou: “A razão do empenho dos artistas em elaborar essas lindas pinturas será sempre um mistério. Trata-se de um enigma. Porém, é bom observar que, se retrocedermos 25 mil anos, as pessoas não tinham muita tecnologia e a vida provavelmente era difícil. Apesar disso, eles já se esforçavam em produzir arte. Isso diz muito sobre nós enquanto espécie.” [Sim, fala de nossas capacidades superiores no passado. – MB] [...]

(Info)

Comentário do leitor e colaborador Valter Baiecijo: “Eu sei que a matéria não trata especificamente disso, mas pensei... Pintei minha casa há dois anos, e a tinta (que tentei comprar da melhor qualidade possível) já pede um retoque. Agora, as pinturas dessa caverna têm 25 mil anos (segundo o relógio quebrado deles) e estão em tão bom estado! Acho que perdemos alguma tecnologia pelo caminho, ou fui enganado na loja de tintas!”