terça-feira, abril 17, 2012

Ensino do criacionismo: comprei gato por lebre

Semana passada, repliquei aqui notícia publicada pelo site R7, dando conta de que um Estado norte-americano teria aprovado o ensino do criacionismo. Acabei indo “na onda” do jornalismo frequentemente enviesado da grande mídia que nem sempre tem como objetivo o compromisso com a verdade. O título da matéria da AFP é capcioso, tendencioso e mentiroso: a lei aprovada protege os professores de ensinar quaisquer críticas científicas às teorias científicas previstas pelos parâmetros curriculares. Ela expressa com todas as letras que a lei não abre porta para o ensino de relatos de criação de textos sagrados, e nem sequer o Design Inteligente é mencionado. (Clique aqui para ler o texto da lei.) 

O R7 “pisou na bola” (e eu acabei chutando essa bola pisada...): a lei aprovada é de liberdade acadêmica protegendo os professores de quaisquer sanções ou punições por ensinar evidências contra as teorias científicas da origem e evolução do Universo e da vida e sobre o aquecimento global (o que não é de todo mal, já que a crítica – bem fundamentada – é útil para o aprendizado). Mas não há nada de criacionismo e muito menos de Design Inteligente na lei. Que interesse ideológico estaria por trás de uma noticia mentirosa como essa?[MB]