Um
“manual de sobrevivência” distribuído a calouros do curso de direito da UFPR
(Universidade Federal do Paraná) causou indignação de alunos. O livreto de oito
páginas afirma que mulher “tem a obrigação de dar” e que não pode ser
parcelado. A informação é da reportagem de Jean-Philip Struck publicada na
edição desta quinta-feira da Folha. O
material afirma ainda que se uma garota disser “vamos com calma”, o aluno deve
dizer “não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e
parte em outra”, segundo um trecho do artigo 252. E conclui: “Ela vai ter que
dar tudo de uma vez.”
O
livro foi produzido pelo PDU (Partido Democrático Universitário), grupo que até
2011 comandava o centro acadêmico local, e começou a ser distribuído neste mês.
[...]
Nota:
O diretor do PDU tentou levar na brincadeira, mas o assunto é sério e revela a
podridão nos bastidores de uma sociedade voltada para a imoralidade e a
libertinagem. E a coisa não fica apenas nos centros acadêmicos. Um amigo,
ex-editor de um grande jornal, me confidenciou o seguinte: “Dezenas de anúncios
que alimentavam os jornais ........, nos quais eu atuei, chegavam da
prostituição de ‘alto padrão’. Eram universitárias vendendo o corpo.
Diferentemente das britânicas, elas não faziam isso para custear os estudos,
mas pelos ganhos. Daria para imaginar um pai levando sua filha para a escola
sem saber que a professora dela recebia em outro turno quinze a vinte mil reais
mensais na prostituição? Mais: que tal você diante de uma juíza, dessas
recém-concursadas, que fatura mil reais por noitada? São ex-alunas de
universidade pública que continuam nessa vida mesmo depois de graduadas. Elas
abastecem o mercado de luxo nos hotéis, clubes da alta-sociedade, acompanham
executivos, participam de festas e convenções como ‘prêmio’ oferecido pelas
empresas aos funcionários mais destacados. A ............. e outras
multinacionais têm isso como tarefa quase obrigatória, diariamente, contando
inclusive com um funcionário especializado no assunto, em satisfazer o dia a
dia de chefes cansados. Eles são experts
em selecionar mulheres no mercado do sexo para essas pessoas. A maioria desses
executivos tem família. Quem anuncia em jornais? Quem está iniciando a
carreira, entre os 18 e os 25 anos, universitária. Depois disso até os 30, com
cuidado até os 45, é a fase final. É como jogador de futebol. A carreira tem
limite de idade. Por isso os valores são importantes. Dá para entender como
isso é quase irresistível para jovens, homens e mulheres, que não têm
perspectiva de futuro na Terra, tampouco eterno? Não se ganha quinze mil em
qualquer profissão. Quem tem filhas, precisa educar muito bem. É mais difícil
do que ter homens, quando eles realmente são com H. Muitos cristãos vão perder
a vida eterna por um único motivo: não será porque ignoraram o domínio próprio.
Nós não temos condições de ter isso pelas próprias forças. A derrota virá
devido à ausência completa de comunhão com Cristo, quando Ele nos capacita ao
equilíbrio e à rejeição daquilo que brilha aos nossos desejos. Em Brasília,
existe um hotel exclusivamente para atender às demandas parlamentares. Quem são
os ‘produtos’? Jovens universitários, filhos de funcionários públicos federais,
pessoas importantes na direção do País. [...] Por trás [de muitas] redações
existem verdadeiras fábricas do sexo. Testemunhei isso enquanto trabalhei.”
[...]
É
ou não é a descrição (não mais profética, mas presente) de um mundo que agoniza
na podridão moral?[MB]
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