quinta-feira, agosto 14, 2014

Quem vende a honra perde o respeito

A virgem desprezada pelo comprador
Catarina Migliorini, a brasileira que vendeu a virgindade, está envolvida em um novo capítulo desta mirabolante história. O japonês Natsu, que oferecu R$ 1,5 milhão pelo dote da moça, não quis consumar o ato e disse estar arrependido do investimento. Em entrevista ao portal Terra, o diretor do documentário “Virgins Wanted” (Procura-se Virgens), Justin Sisely, falou sobre o caso da virgem brasileira e os desdobramentos de um festival em Nova York, nos Estados Unidos. Segundo o diretor australiano, o japonês esperava encontrar uma virgem doce, meiga e ingênua, mas a realidade se mostrou diferente no jantar que reuniu Catarina e o vencedor do leilão. O encontro aconteceu em Sidney, na Austrália. “Catarina foi rude com ele e só falava na forma de pagamento. Ele não achou que ela valia o dinheiro [...]. Natsu não gostou da atitude dela. Ele já tinha organizado um cheque administrativo, mas ela insistia em dinheiro vivo. O homem é um bilionário; poderia ter a garota que quisesse. Catarina não foi nada agradável e ele desistiu. Cada um tem o que merece”, afirmou Sisely.

O diretor garante que tudo estará no documentário. Além disto, ele gravou uma entrevista com o comprador japonês. “Se a Catarina estivesse menos preocupada com sua imagem ou com a discussão dos detalhes de como a noite aconteceria, o resultado teria sido melhor para ela”, avalia o australiano.

Sisely e a brasileira não conversam desde o encerramento das filmagens, em dezembro de 2012. “Catarina ficou revoltada porque as coisas não terminaram bem para ela e acho que me culpa por isso. Ela perdeu tudo pelo qual trabalhou, mas para mim não faz diferença. Ela determinou seu próprio destino”, analisa Sisely. [...]

Segundo os produtores do filme, Catarina terá a sua primeira vez a bordo de um avião entre a Austrália e os Estados Unidos. Isso será feito para que não haja risco de infringir as leis internacionais sobre prostituição. O ato sexual não será filmado. Catarina diz que usará o dinheiro para estudar medicina na Argentina.


Nota: É simplesmente lamentável que uma história dessas tenha ganhado tanta repercussão na mídia e que essa moça tenha ajudado a desvalorizar ainda mais o sexo, a pureza e a fidelidade. Ao vender sua honra, ela acabou perdendo o respeito até mesmo de quem a havia comprado por algumas horas. Sem querer, o japonês (que deve achar que dinheiro compra tudo) disse algo certíssimo: “Ela perdeu tudo pelo qual trabalhou, mas para mim não faz diferença. Ela determinou seu próprio destino.” Sim, nossas escolhas determinam nosso destino. Um casamento feliz começa nas escolhas que fazemos quando ainda somos solteiros. Uma vida honrada e feliz é feita das decisões que tomamos dia a dia. E, finalmente, nosso destino é determinado pela sucessão dessas escolhas que acabam por moldar o caráter. Catarina deixa um péssimo exemplo para os jovens, como se os fins justificassem qualquer meio, quando se pretende fazer uma faculdade, por exemplo. Conheço muitos e muitos jovens que “ralaram” para poder estudar. Que trabalharam, venderam livros, conseguiram bolsas de estudo, e hoje se orgulham do suor honesto com que conquistaram o diploma. Catarina terá orgulho de sua escolha? E agora que foi desprezada até mesmo pelo comprador de sua virgindade, o que lhe resta? Que ela se arrependa disso, possa voltar atrás e ter uma chance de recomeçar direito (como o jogador Elano, que pediu perdão à esposa em público por tê-la traído [confira aqui – infelizmente, a atitude nobre dele está registrada aparentemente apenas em sites de fofoca, como esse, e não ganhou tanta repercussão como quando ocorrem adultérios]). [MB]