"Ele" ainda nasce assim |
Nesta
época do ano, as pessoas gostam de recontar a história do casal pobre que
buscou um lugarzinho para dormir em Belém, na Judeia, mas só encontrou portas
fechadas e estalagens lotadas. A esposa do carpinteiro estava prestes a dar à
luz um menino, mas nem isso pareceu sensibilizar os moradores daquela
cidadezinha agitada pelo recenseamento romano. Até que foi cedida a José e
Maria uma estalagem para que pudessem passar a noite com um mínimo de conforto,
pelo menos abrigados do relento e do frio. E foi lá, na companhia de animais,
que nasceu o Salvador do mundo, o Rei do Universo em forma humana. Pouca gente
sabia do milagre tremendo que estava acontecendo naquela noite especial. A
maioria dos moradores da cidade dormia indiferente aos eventos grandiosos
previstos nas profecias, séculos antes. E o Criador do Universo foi colocado
numa manjedoura. Aquele que Se assentava num trono de ouro foi envolto em panos
e colocado em um “berço” improvisado, uma manjedoura forrada com palha. Em cada
Natal, em milhões de lares, essa história é relembrada com festa, muita comida,
troca de presentes e estatuazinhas em presépios. Mas, de certa forma, essa
história continua se repetindo bem debaixo do nosso nariz. Veja só o que
escreveu minha sobrinha [Ester Borges Nunes], no Facebook:
“Nos
últimos meses, chegaram em massa haitianos e africanos em Criciúma, SC, em
busca de emprego [só para lembrar, o Haiti é aquele país que foi devastado por
um terremoto em 2010]. Alguns concordam com a permanência deles aqui, outros
não. Concordando ou não, cabe a nós, criciumenses, acolhê-los da melhor forma
possível na nossa cidade, assim como acolheríamos qualquer pessoa que aqui
chegasse, em minha opinião. Essas pessoas no geral estão de peito aberto e
felizes pelas oportunidades de emprego que estão encontrando por aqui. Minha
mãe conhece um casal de haitianos que vai ter um bebê na próxima semana (ele
está trabalhando na pintura do Hospital São José e ela vai procurar emprego
após ganhar o bebê) e que, mesmo tendo muito pouco, agradece a todos pelo pouco
que tem recebido de doações. Hoje mesmo minha mãe foi à casa deles e viu a
situação extrema do berço de vime e do carrinho de bebê que eles receberam de
doação, praticamente inutilizáveis, e decidiu comprar esses dois itens para dar
para o casal. Ela está aceitando doações para fazer uma ‘vaquinha’ e comprar
esses itens. Deixo aqui o apelo para que, quem puder ajudar, com o mínimo que for,
seja com dinheiro (posso passar a conta da minha mãe), ou com algum item que
tenha, que ajude. Quem puder me chame inbox
ou mesmo deixe um comentário aqui. Acho que é uma ótima maneira de terminar o
ano!”
E
minha irmã, Michela Borges Nunes, escreveu:
“Amigos
do Face, conheço um casal [adventista] do Haiti que ganhará um bebê agora
próximo do Natal. Eles não têm berço ainda e ganharam um carrinho de bebê
enferrujado e rasgado. Estou pensando em comprar os dois itens no bom negócio e
mais um colchãozinho, e peço ajuda através de uma ‘vaquinha’
para que possamos ajudar esse casal necessitado. Posso passar minha conta por inbox e mantenho todos informados.
Abraços!”
Aí
está uma ótima oportunidade (entre tantas) de manifestar o verdadeiro “espírito
do Natal”.
Se
você tem Facebook, é só clicar aqui. Se não, envie-me um e-mail através do “Contato”,
aí no menu do blog, que eu encaminho para minha irmã. Muito obrigado!
Michelson Borges