Visita ao Cern, em Genebra, Suíça |
O
mundo científico ficou agitado três anos atrás. O Centro Europeu de Pesquisas
Nucleares (Cern) anunciou, em Genebra, Suíça, a descoberta de uma partícula
totalmente nova identificada como bóson de Higgs, entidade subatômica cuja procura
durava quase 50 anos e que também ficou conhecida como Partícula de Deus. A
nova partícula apresentou, em primeira análise, características de massa e
comportamento previstas para o bóson de Higgs pelo chamado Modelo-Padrão, a “tabela
periódica” da física das partículas. A matéria sobre o bóson, publicada num
site brasileiro de divulgação científica, termina assim: “Sejamos gratos aos
cientistas que descobriram mais uma parte misteriosa da natureza sem a qual
nada do que conhecemos hoje existiria, nem sequer nós mesmos.” Assim, atribuem
a criação do Universo a uma partícula, não ao Criador de todas as partículas. O
site agradece aos cientistas e à partícula, apenas. Por isso, o certo seria
chamá-la, do ponto de vista dessas pessoas, de Partícula Sem Deus.
A
importância do bóson de Higgs, segundo os físicos, está em sua capacidade de
conferir massa às demais partículas. É mais ou menos como uma pessoa que nada
em uma piscina e sai dela molhada. As partículas, ao atravessar o “mar de
bósons de Higgs”, saem dele com massa. Como isso acontece? Aí você terá que
perguntar a um físico... De qualquer forma, a despeito das interpretações
filosóficas, as pesquisas realizadas no LHC (Grande Colisor de Hádrons) têm
sido muito importantes para entender o mundo das partículas subatômicas.