Uma origem comum |
Em
genética humana, o Adão cromossomal-Y – relativo ao cromossomo que determina o
sexo masculino, passado de pai para filho – é definido como o ancestral comum
mais recente de quem todas as pessoas vivas são descendentes por meio da linhagem
paterna em sua árvore genealógica. A propósito, alguns de seus genes podem ser
encontrados em toda a humanidade atual. Em 1995, a revista Science publicou os resultados de um estudo em que analisou um
segmento do cromossomo Y humano a partir de 38 homens de diferentes grupos
étnicos.[1] O segmento do cromossomo Y consistiu em 729 pares de bases. Para a
surpresa dos pesquisadores, eles não encontraram nenhuma variação
(polimorfismo). A conclusão foi a de que a raça humana deve ter experimentado
um gargalo genético em algum momento no passado não muito distante. Uma
pesquisa adicional foi feita, e foi determinado que cada homem vivo hoje, na
verdade, descende de um único homem a quem os cientistas agora se referem como
“Adão cromossomial-Y”.
Segundo
um estudo da Escola de Medicina da Universidade Stanford (EUA) publicado na
revista Science,[2] os novos dados
contrariam estimativas anteriores, diminuindo a “idade” dos primeiros
hominídeos. David Poznik, líder da pesquisa, explicou que eles conseguiram estimar
a época em que o suposto ancestral comum paterno viveu. Por meio de sequenciamento
dos cromossomos Y de homens que habitam diversas partes do mundo e de uma
fórmula que calcula a mutação do cromossomo Y, foi possível estabelecer um
relógio molecular mais confiável ao estimar que o ancestral comum tivesse
vivido entre 120.000 e 156.000 anos atrás. Já a data para a origem da mulher
seria entre 99.000 e 148.000 anos atrás.
Essa nova cronologia é um marco porque derruba a pesquisa anterior que sugeria que o
mais recente antepassado do homem teria vivido há apenas 50.000 a 60.000 anos
atrás.[3, 4] Além disso, mais uma vez confirma-se que houve um ancestral comum
universal, de onde todas as linhagens humanas derivaram, independentemente da
cor da pele.
Além
disso, o resultado do estudo não desmente a origem de Adão e Eva como tendo ocorrido
há cerca de 6.000 a 10.000 anos, pois esses estudos foram fundados sob um
conjunto de pressupostos inválidos.[5] Por exemplo, em vez de medir diretamente
taxas de mutação em várias etnias, os autores assumiram uma taxa constante
dessas mutações nas etnias. Pesquisa publicada anteriormente mina essa
suposição.[6]
Os
autores também assumiram uma taxa constante de mudança através do tempo. No
entanto, as mudanças ambientais associadas com o modelo catastrofista
(vulcanismo intenso e emissões de CO2)[7-9] e possível deterioração radiométrica
acelerada[10], por exemplo, podem ter afetado as taxas de variação no DNA. Além disso, nos 4.000 anos que decorreram aproximadamente desde o dilúvio, por
que deveríamos supor que a taxa de mutação genética humana teria sido uniforme?
Ademais
e, por fim, os autores calibraram seus dados moleculares para “datas” arqueológicas.
Essas atribuições de idade dependem notoriamente de técnicas de datação
radiométrica não confiáveis e, portanto, sendo consideradas validações não
independentes para os dados moleculares.[7]
Não
é difícil compreender que todos os cálculos do relógio molecular exigem que o
observador especule sobre o passado, e os autores do estudo da Science selecionaram suposições baseadas
em seu modelo de tempo evolutivo, resultando em um raciocínio circular.
Claramente, as datas de 100.000 anos ou mais para o “Adão cromossomial-Y” não
são suportadas sob escrutínio cuidadoso.
Principalmente se levarmos em conta os recentes estudos filogenéticos que nos permite inferir a partir de seus resultados a idade de origem do primeiro homem (ancestral Y) há cerca de 6.000 a 10.000 anos atrás. Trata-se da data estimada de detecção molecular da ancestralidade comum recente entre os indígenas siberianos e os nativos americanos que se deu por meio do fluxo de imigração e expansão que ocorreu na América do Norte, Central e do Sul após a rápida imigração a partir da região da Beringia [11, 12].
Se essa detecção molecular indica o tempo máximo pregresso de sua colonização nessas diferentes regiões, isso nos sugere que essa época de migração foi, portanto, o tempo em que os humanos eram de fato humanos em toda sua potencialidade, conforme diz o relato bíblico, a fim de que pudessem migrar e colonizar a terra após o Dilúvio. Caso contrário, por que eles não migraram antes para essas regiões, se eles supostamente já possuíam a capacidade de migração há dezenas de milhares de anos conforme prevê o modelo evolutivo "out-of-Africa"?
Principalmente se levarmos em conta os recentes estudos filogenéticos que nos permite inferir a partir de seus resultados a idade de origem do primeiro homem (ancestral Y) há cerca de 6.000 a 10.000 anos atrás. Trata-se da data estimada de detecção molecular da ancestralidade comum recente entre os indígenas siberianos e os nativos americanos que se deu por meio do fluxo de imigração e expansão que ocorreu na América do Norte, Central e do Sul após a rápida imigração a partir da região da Beringia [11, 12].
Se essa detecção molecular indica o tempo máximo pregresso de sua colonização nessas diferentes regiões, isso nos sugere que essa época de migração foi, portanto, o tempo em que os humanos eram de fato humanos em toda sua potencialidade, conforme diz o relato bíblico, a fim de que pudessem migrar e colonizar a terra após o Dilúvio. Caso contrário, por que eles não migraram antes para essas regiões, se eles supostamente já possuíam a capacidade de migração há dezenas de milhares de anos conforme prevê o modelo evolutivo "out-of-Africa"?
(Everton Alves)
Referências:
[1]
Dorit RL, Akashi H, Gilbert W. Absence of polymorphism at the ZFY locus on the
human Y chromosome. Science. 1995; 268:1183-1185.
[2]
Poznik GD, et al. Sequencing Y Chromosomes Resolves Discrepancy in Time to
Common Ancestor of Males Versus Females. Science. 2012;341(6145):562-565.
[3]
Underhill PA, et al. Y chromosome sequence variation and the history of human
populations. Nature Genetics 2000; 26:358-61.
[4]
Ke Y, et al. African Origin of Modern Humans in East Asia: A Tale of 12,000 Y
Chromosomes. Science. 2001; 292(5519):1151-3.
[5]
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Facts. 2013; 42 (11).
[6]
Conrad, D. F. et al. Variation in genome-wide mutation rates within and between
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[7]
Vardiman, L., A. A. Snelling and E. F. Chaffin, eds. Radioisotopes and the Age
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Cajon, CA: Institute for Creation Research, and Chino Valley, AZ: Creation
Research Society, 2005.
[8] Graven HD. Impact of fossil fuel emissions on atmospheric radiocarbon and various applications of radiocarbon over this century. Proc Natl Acad Sci U S A. 2015;112(31):9542-5.
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[9] Pasquier-Cardin A,
Allard P, Ferreira T, Hatte C, Coutinho R, Fontugne M, Jaudon M. Magma derived
CO2 emmisions recorded in 14C and 13C content of plants growing in Furnas
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[10]
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[11] Dulik MC, et al. Mitochondrial DNA and Y
Chromosome Variation Provides Evidence for a Recent Common Ancestry between
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[12] Battaglia V, et al. The First Peopling of South
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