As histórias sobrenaturais estão cada vez mais atraentes pelos altos índices de audiência na TV e pelas frondosas bilheterias no cinema. Com tramas bem-sucedidas, como “Escrito nas Estrelas” no horário das seis da Globo, e com longas como “Chico Xavier - O Filme”, de Daniel Filho, e “Nosso Lar”, de Wagner de Assis, as atenções se voltam cada vez mais para as produções que abordam a paranormalidade [basta ler obras de Ellen G. White, como O Grande Conflito, para constatar que essa atual enxurrada de espiritualismo é profética]. Com esse mote fantasioso, onde tudo é permitido, o seriado “A Cura” traz não só a questão sobrenatural através de curas milagrosas, mas o suspense de um thriller psicológico sem o apelo do realismo fantástico. Todo gravado em Diamantina e passado nos dias atuais e no Século XVIII, o primeiro seriado de João Emanuel Carneiro - que assina com Marcos Bernstein, roteirista do longa “Chico Xavier - O Filme” -, conta com nove episódios, exibido sempre às terças, e estreia no próximo dia 10. A trama, dirigida por Ricardo Waddington, conta a história de Dimas, vivido por Selton Mello. Ele interpreta um médico de caráter duvidoso que faz curas inexplicáveis para a Medicina. “Sempre quis fazer a história de um curandeiro porque a Medicina popular me fascina. A escolha de Diamantina remete à minha infância nas cidades históricas, pois minha mãe era presidente do Patrimônio Histórico (IPHAN)”, explicou João Emanuel. [...]
Outra figura enigmática da história é o médico Otto, personagem de Juca de Oliveira. Acusado de charlatanismo no passado, o antigo amigo de Dr. Turíbio, de Ary Fontoura, foi obrigado a largar a Medicina por exercer curas milagrosas. Alguns personagens chegam a acreditar que Dimas é a reencarnação de Otto. [...]
(Terra)
Nota: De uma coisa a Rede Globo não pode ser acusada: de esconder sua ideologia.[MB]