segunda-feira, agosto 02, 2010

Pesquisador procura DNA alien em múmia

Um velhinho chamado Zecharia Sitchin está procurando traços de DNA extraterrestre em uma mulher nobre da Suméria que, atualmente, tem 4.500 anos. Segundo Sitchin, o DNA da múmia poderia conter traços de “deuses” e “semideuses” interestelares – assunto que ele aborda desde 1976. Sitchin tem 90 anos, nasceu na União Soviética, cresceu na Palestina e agora vive em Nova York. Ele escreveu mais de dez livros que falam sobre como um planeta chamado Nibiru passou perto da Terra e deixou alguns visitantes por aqui. Esses aliens teriam sido adotados como deuses pelas culturas orientais. Segundo o velhinho, eles são mencionados em antigos registros sumérios, os Annunaki, e ele consegue ver evidências dos ETs até na Bíblia.

Não é preciso dizer que as ideias de Sitchin foram ridicularizadas pela comunidade científica. Mas agora ele pediu ajuda dos especialistas para verificar o DNA da Rainha Puabi, da Suméria.

Os restos da rainha foram encontrados no Iraque, na década de 1920 – na mesma época em que descobriram a múmia de Tutancâmon. Cientistas forenses estimam que ela morreu quando tinha cerca de 40 anos e que governou a Suméria por direito de sangue, durante a Primeira Dinastia de Ur.

Sitchin, no entanto, acha que Puabi foi mais do que uma rainha. Ela seria uma “nin” – um termo sumério que significa “deusa”. Ele sugere que, na verdade, ela seria uma semideusa, descendente dos visitantes de Nibiru. Para mostrar essa diferença que talvez exista, Sitchin pretende comparar o nosso genoma com o da rainha. Mas ele já adianta: pode não existir diferença nenhuma, o que não altera a teoria de que seus ancestrais seriam aliens. Fraude ou não, o fato é que o cara vendeu milhões de livros sobre suas teorias – o mais recente se chama Havia Gigantes Sobre a Terra (There Were Giants Upon Earth).

(Hypescience)

Nota: Isso me faz lembrar outro sensacionalista que encantou a muitos da minha geração: Erich von Däniken, com seu best-seller Eram os Deuses Astronautas. Curiosamente, sempre há leitores ávidos desse tipo de literatura sem fundamentação científica sólida e baseada em especulações. Pior: às vezes, esses “pesquisadores” até contam com verba pública e apoio para pesquisa.[MB]

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