quinta-feira, novembro 06, 2014

Congresso sobre Design Inteligente está dando o que falar


Finalmente, a Teoria do Design Inteligente (TDI) está chamando a atenção de certos setores da mídia, mas, infelizmente, como sempre, sendo interpretada do modo errado. Para alguns repórteres e acadêmicos, a TDI seria uma espécie de criacionismo repaginado, muito embora dispense qualquer livro religioso e não se importe com a natureza do Designer – para cristãos, judeus e muçulmanos que defendem essa cosmovisão, o Designer seria Yahweh ou Alá; para ateus e agnósticos (sim, há) defensores da TDI, o designer poderia ser uma raça alienígena superavançada. Assim, TDI não é criacionismo, embora os criacionistas concordem em grande medida com os argumentos defendidos pelos teóricos do design inteligente.

Conforme escreveu um amigo biólogo e pesquisador, “se, como dizem, a TDI é um mascaramento da ‘criação’, qual a razão de ficarem tão incomodados? Sob essa ótica, a ‘infalível ciência’ seria suficientemente competente para colocar a TDI de lado, sem qualquer necessidade de gastarem tempo e espaço com críticas enfadonhas. Mas estamos em um país com ‘ideias livres’... desde que não incomodem (rs).”

Toda essa discussão em torno do assunto foi despertada pela organização do 1º Congresso Brasileiro de Design Inteligente, que começa no dia 14 de novembro, em Campinas (mais informações aqui). Talvez o que mais chame a atenção da imprensa seja a centena de cientistas e pesquisadores (estou lá também) que compõem o comitê científico do evento.

Nesse contexto, vale a pena ler a notícia veiculada pela Folha de S. Paulo (confira aqui) e a réplica do coordenador do Núcleo Brasileiro de Design Inteligente (confira aqui). Aproveite e leia também a réplica dele ao manifesto da Sociedade Brasileira de Paleontologia (aqui). O texto é longo, mas esclarecedor. [MB]