sexta-feira, novembro 28, 2014

O papa é falível na questão da evolução

Defesa do inconciliável
[A propósito da declaração do papa Francisco sobre a teoria da evolução. Clique aqui para saber mais.] “Quando lemos sobre a Criação no Gênesis, corremos o risco de imaginar Deus como um mágico, com uma varinha mágica capaz de fazer tudo. Mas não é desse jeito”, disse o papa Francisco numa recente sessão plenária da Pontifícia Academia de Ciências. “Ele criou os seres humanos e os deixou se desenvolverem de acordo com as leis internas que Ele deu a cada um de modo que alcançassem sua realização.” Isso é o que ele diz. Isso não é o que Ele diz. O papa descarta o que a Bíblia diz acerca da Criação. Ele coloca a fé dele na evolução – bem na época em que muitos cientistas estão questionando-a.

Fico pensando: O que mais ele descarta da Palavra de Deus? Há algo sagrado na Bíblia?
“Deus não é um ser divino ou um mágico, mas o Criador que trouxe tudo à vida”, o papa disse. “A evolução na natureza não é incompatível com a noção da criação, pois a evolução requer a criação de seres que evoluam.”

Vamos pensar no que ele disse.

O que o Gênesis declara não é apenas um conto de fadas do Antigo Testamento. É fundamental para a convicção dos cristãos. Jesus confirmou totalmente o Gênesis. Aliás, se a queda do homem fosse apenas uma alegoria, por que Jesus teria vindo para fazer a expiação do pecado do homem – uma profecia que foi revelada pela primeira vez em Gênesis? Se Jesus não veio para cumprir essa profecia, quem era Ele?

Em Gênesis 3:15, vemos a primeira profecia com relação ao Redentor que viria na forma de Jesus. Num aviso à serpente, Deus diz: “Estabelecerei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o descendente dela; porquanto, este te ferirá a cabeça, e tu lhe picarás o calcanhar” (KJA). Essa é uma referência ao Messias que viria.

O próprio Jesus confirmou que Moisés é o autor do Gênesis: “Abraão, concluindo, lhe afirmou: ‘Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se permitirão converter, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos!’” (Lucas 16:31 KJA).

Ele confirmou o que a Bíblia diz sobre a Criação: “Entretanto, no princípio da criação Deus ‘os fez homem e mulher’. ‘Por esta razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua esposa, e os dois se tornarão uma só carne’. Dessa forma, eles já não são dois, mas sim uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, não o separe o ser humano!” (Marcos 10:6-9 KJA).

Talvez o papa tivesse se esquecido do ensino de Romanos e outros livros do Novo Testamento que explicam que Jesus veio como o segundo Adão: “No entanto, a morte reinou desde a época de Adão até os dias de Moisés, mesmo sobre aqueles que não cometeram pecado semelhante à desobediência de Adão, o qual era uma prefiguração daquele que haveria de vir.” (Romanos 5:14 KJA).

O que exatamente Jesus veio fazer se não redimir o ser humano do resultado da queda? Se o pecado entrou no mundo por meio de Adão, como é que o papa explica toda a morte evolucionária que teria de ocorrer na Terra antes do aparecimento de “Adão”?

Não entendo os cristãos que descartam o Gênesis. Não faz sentido. Nada na Bíblia faz sentido sem o que a Bíblia diz acerca da Criação. Se o papa não crê no aspecto fundamental da Bíblia, dá para ele acreditar em qualquer parte dela? Se ele acredita, ele deve ao mundo cristão uma explicação sobre quais partes da Bíblia ele acredita e quais ele descarta.

Recordando minha viagem neste mês a Jerusalém, a Cidade Santa de Deus, fico pensando que o número de crentes será pequeno quando Jesus voltar.

Eu também fico pensando se o papa acredita que Ele voltará.

(Joseph Farah, WND Commentary; tradução: Julio Severo)