Doutrinamento evolucionista na escola |
[Meus
comentários seguem entre colchetes e na nota abaixo. – MB] Escolas inglesas não
poderão mais ensinar sobre o criacionismo e terão que promover desde as
primeiras séries “o respeito pelos direitos dos homossexuais”. Caso contrário,
poderão ter que fechar suas portas. O movimento liderado pela secretária de
Educação Nicky Morgan fez uma “inspeção” em dezenas de escolas confessionais
(cristãs, judias e muçulmanas) e anunciou que se trata de um plano para diminuir o radicalismo religioso
na Inglaterra. A justificativa é que essas escolas não preparam seus alunos
“para a vida na Grã-Bretanha moderna” [uma sociedade que se rendeu ao
darwinismo e ao ateísmo?]. As instituições que não se adequarem estão sujeitas
a multas e a terem suas licenças de funcionamento revogadas. A chamada “Lei de
Igualdade” foi instituída neste ano no Reino Unido, exigindo uma maior
aceitação de homossexuais e transgêneros, bem como pessoas de outras religiões
e raças [igualdade para todos, menos para os criacionistas?]. Morgan afirmou à
imprensa ser “fundamental” que as escolas “promovam ativamente” em seu
currículo os valores britânicos, incluindo o respeito mútuo e a tolerância com
pessoas de diferentes crenças [menos com as crenças criacionistas? Que tipo de
respeito e de tolerância é esse?].
O debate vai
mais longe quando se leva em conta que no mês passado a secretária de Educação
entregou uma declaração ao Parlamento Britânico na qual condena a propagação de
pontos de vista religiosos dentro das escolas. Ela mencionou um relatório que
indicaria como é “radical” o ensino do criacionismo e comparou-o com o
extremismo religioso islâmico. Sendo assim, existe uma pressão para que não
se mencione nenhuma outra possibilidade além da teoria da evolução nos livros
escolares [e o design inteligente,
que não é criacionismo nem religião? Também não pode?]. A partir deste ano a
maioria terá um módulo sobre Evolucionismo no nível primário (5-6 anos). [Isso,
sim, é que é doutrinação!]
O anúncio do
governo de que as escolas que “promoverem pontos de vista extremistas” não mais
receberão incentivos financeiros gera uma situação bastante delicada.
Historicamente, a maioria das escolas da Inglaterra foi fundada pelas igrejas,
que mantém graus diferentes de influência até hoje. [Na verdade, a maioria das
grandes universidades teve um berço religioso, mas agora querem cuspir nesse
prato...]
Pela atual
legislação inglesa, isso decretaria o fim de muitas das escolas confessionais
cristãs, já que a maioria das igrejas do país não teria condições de
sustentá-las. As escolas muçulmanas são bem mais recentes e não dependem do
governo, por isso teriam mais independência em seus currículos. [O que vai
acontecer, então? Escolas como as adventistas serão proibidas de ensinar seu
ponto de vista sobre as origens e seus valores éticos que tão bem as distinguem
e que estão fundamentados nas Escrituras e em sua visão de mundo criacionista.
Enquanto isso, as escolas muçulmanas continuarão de portas abertas. E a
islamização da Europa continuará de vento em popa.]
Não está claro
que as histórias bíblicas como um todo estão proibidas, mas a situação está
causando muito debate na sociedade inglesa. Entre as novas diretrizes, há
orientações para que “em nome da igualdade” os professores “desafiem” as
crenças religiosas dos alunos, além da proibição da comemoração na escola de
festas religiosas como Natal e Páscoa. [É justo um professor adulto desafiar a
crença de crianças? Isso é igualdade?]
Embora muitos
celebrem as medidas como um avanço, a maioria ainda se mostra contrária a que o
governo interfira na maneira como as escolas religiosas ensinem seus alunos. Em
2012, uma pesquisa realizada com profissionais do ensino fundamental e médio do
país mostrou que cerca de 30% dos professores de ciências da Grã-Bretanha
acreditava que o criacionismo deveria ser ensinado juntamente com a Teoria da
Evolução. [Mas quem vai se importar com um terço dos professores?]
(The Guardian e Prophecy News Watch, via Gospel Prime)
Nota: É um precedente um tanto preocupante para escolas que se “atrevem”
a ensinar seus alunos a fazer comparações e a não idolatrar a teoria da
evolução como “verdade científica” inquestionável. Imagine se essa moda pega
entre os esquerdistas de outros países, que adoram defender os direitos dos
homossexuais e combater a visão “ultrapassada” dos cristãos... Mais um detalhe:
releia os trechos que grifei acima e perceba como cada vez mais o criacionismo
é visto como “radicalismo religioso” e “fundamentalismo”. [MB]