Mais uma investida evolucionista |
Neste domingo (19), [estreou] a série em cinco
episódios, comandada por Sônia Bridi, sobre as origens da vida na Terra. Desde
que surgiu na Terra, a vida segue
uma jornada. O Fantástico viajou o mundo para falar sobre a evolução do homem e
de outros seres vivos. A série vai contar as
origens dos seres vivos na Terra e a adaptação deles ao meio ambiente. A
jornada dos repórteres Sônia Bridi e Paulo Zero passou pelos lugares que
armazenam mais informações sobre a evolução das espécies. Na remota ilha de
Socotra, no Oceano Índico, vivem plantas que existem apenas ali e em nenhum
outro lugar do mundo, por causa do isolamento da ilha. O resultado são árvores
que sobreviveram graças a fantásticas estratégias
de adaptação. Elas têm um formato pouco comum, que não parece feito pela
natureza, mas sim um cenário de ficção científica.
Nos Estados Unidos, outros exemplos incríveis de
adaptação: as milenares sequoias gigantes e
os pinheiros longevos da Califórnia, que criaram soluções para condições
extremas de temperatura e umidade. E o pando, um dos organismos mais antigos do
mundo [que, curiosamente, tem dezenas de milhares de anos, e não milhões], uma
imensa colônia de clones de árvores interligadas por uma rede quilométrica de
raízes subterrâneas – o pando é o maior e mais velho ser vivo conhecido.
Em Galápagos, nossa equipe refez a viagem que inspirou
as conclusões mais importantes de Darwin sobre adaptação das espécies. No arquipélago do Pacífico, mostramos o
programa de preservação das tartarugas gigantes e a riqueza da vida marinha.
A série conta ainda as origens do animal mais fascinante de todos: o ser humano. Na
Etiópia, os maiores especialistas em paleontologia explicam de onde viemos,
quem são nossos ancestrais e os 6 milhões de anos de evolução [sic] que
resultaram no homem de hoje. Visitamos o povo Afar, os herdeiros diretos dos
primeiros homo sapiens.
A jornada termina no Brasil, onde será recontada a
história de Luzia, o fóssil humano mais
antigo encontrado nas Américas, que ficou conhecida como a primeira brasileira.
Ela viveu num ambiente hostil, rodeada pelos assustadores animais da
megafauna. Sônia Bridi e Paulo Zero visitaram os sítios arqueológicos de Lagoa
Santa, em Minas Gerais, e a Serra da Capivara, no Piauí, onde estão os
registros mais antigos dessa história.
Nota: Além da apologética ao homossexualismo,
com duas matérias sobre “casais” gays, o Fantástico deste domingo levou ao ar a
nova minissérie “A Jornada da Vida”. Embora tenham anunciado que tratariam da
“origem” da vida, os repórteres da Globo falaram apenas de adaptação de
organismos ao meio ambiente, o que não se trata de evolução, segundo o conceito
popular e também científico da mega ou macroevolução. Falar em “estratégia de
adaptação” remete muito mais a design
inteligente do que ao mero acaso. Podemos pensar que o Criador dotou os seres
vivos com essa capacidade, levando em conta as alterações pelas quais o mundo
pós-diluviano passaria. Uma questão de sobrevivência que, no entanto, não faz com
que uma árvore se torne em outro tipo de ser vivo ou que um lagarto se torne
uma ave. Isolamento geográfico, como o observado na ilha de Socotra, de fato,
reforça certas características dos organismos. Basta lembrar que cangurus só
existem na Austrália, por exemplo. Mas aqui, novamente, é tudo uma questão de
adaptação, diversificação de baixo nível. Para mim, a frase mais reveladora na
matéria acima é esta: “A série conta ainda
as origens do animal mais fascinante de todos: o ser humano.” É isso, então? Somos
apenas animais fascinantes? Bem, se somos apenas animais, nossas regras de
conduta e nossa própria moralidade são relativas e sujeitas a revisão. O
próprio casamento passa a ser visto como uma convenção provisória, passível de
releitura. Sem dúvida, o Fantástico deste domingo foi mesmo apologético e emblemático... [MB]