Comportamento de risco |
E
se passássemos a vida transando com pessoas diferentes sem baixar a âncora num
relacionamento estável? Bem, segundo a ciência, quando se trata dos efeitos de
se ter múltiplos parceiros sexuais no longo prazo, menos é mais. Há muito se
pensava que as consequências mentais de ter múltiplos parceiros sexuais
incluíam maiores taxas de ansiedade e depressão. Ao mesmo tempo, também parecia
que altas taxas de abuso de álcool e outras substâncias aumentavam as chances
de jovens adultos se envolverem sexualmente com vários parceiros sem segurança.
Mas novas pesquisas feitas através do estudo de mil voluntários na Nova
Zelândia mostram que, surpreendentemente, nenhuma das duas ideias é verdade. Uma
equipe internacional de pesquisadores de saúde mental no Dunedin School for
Medicine, na Índia, concluiu um estudo em 2013, que procurava mostrar a ligação
entre conexões mentais saudáveis e o envolvimento com diversos parceiros
sexuais. Veja só o que eles descobriram:
1. Abuso de álcool e drogas. A maioria dos estudos anteriores que associavam problemas mentais a problemas de saúde, o abuso de álcool e outras substâncias demonstraram a ligação entre a quantidade de parceiros e o abuso de substâncias. Portanto, é impossível saber quando as pessoas procuram parceiros sexuais na tentativa de se automedicarem, para reduzir a dor emocional que estão sofrendo, buscando conexões sexuais com outras, mesmo que sejam passageiras.
2. Estilo de vida de alto risco. As pesquisas demonstraram ainda que as pessoas com um estilo de vida de alto risco procuram mais relações sexuais e uso de substâncias por dois motivos: por terem personalidades impulsivas ou porque são ansiosas e deprimidas. Os resultados do trabalho levaram especialistas em saúde mental a afirmar que, para reduzir as taxas de comportamento sexual arriscado, é necessário tratar os problemas psicológicos ocultos que levam indivíduos a buscar essa saída para sua própria infelicidade ou estilo de personalidade.
Tanto para homens quanto para mulheres o desenvolvimento de uma dependência em substâncias químicas aumentou praticamente conforme a quantidade de parceiros sexuais. Por outro lado, as pessoas que têm maior número de parceiros sexuais não necessariamente têm maiores taxas de ansiedade ou depressão.
Os autores da pesquisa alertam ainda que pessoas que vivem um estilo de vida arriscado e mantém um número maior de parceiros sexuais, no futuro têm mais chances de desenvolver problemas mentais. E, obviamente, existe grande chance de que os indivíduos que transam com diversos parceiros estejam envolvidos em situações em que há álcool e drogas, portanto, também correm o risco de desenvolver a dependência química com o tempo.
3. Quanto maior o número, menor a realização emocional. Mas quantos são múltiplos? Esta pergunta levou os cientistas a dividirem o número de parceiros em três grupos numa base anual: 0 ou 1, 1,1 a 2,5 e 2,6 anos ou mais. No entanto, alguns participantes informaram terem tido relações com até dez pessoas diferentes num único ano. Os cientistas afirmam que a natureza dos relacionamentos de sexo casual pode representar um fator de risco por si só. “Essas relações geralmente são impessoais, carecendo de potencial para promover a realização emocional”, escrevem eles no artigo publicado pela Psychology Today. Para lidar com sentimentos de solidão e desespero, muitos bebem álcool, o que pode abrir caminho para uma futura dependência em drogas.
Embora homens e mulheres estejam desenvolvendo padrões similares de comportamento sexual e abuso de substâncias, neste quesito os efeitos são mais fortes para as mulheres. Para elas, ter múltiplos parceiros ainda pode ir contra o que elas próprias consideram socialmente aceitável – e também acabam recorrendo a substâncias para lidar com sentimentos de vergonha, constrangimento e insatisfação.
Por causa disso, as mulheres devem ser mais cautelosas antes de se envolver em incontáveis transas com pessoas diferentes, principalmente em relação a seus sentimentos na manhã seguinte. O propósito do estudo, como ressaltam os autores, não é repreender as pessoas por terem diversos parceiros sexuais, ou gerar ainda mais culpa sobre aqueles que já sentem que estão violando seus próprios padrões morais. Ao contrário, eles afirmam que pretendem indicar de um ponto de vista estritamente científico que o sexo frequente com inúmeros parceiros sexuais parece carregar um risco.
1. Abuso de álcool e drogas. A maioria dos estudos anteriores que associavam problemas mentais a problemas de saúde, o abuso de álcool e outras substâncias demonstraram a ligação entre a quantidade de parceiros e o abuso de substâncias. Portanto, é impossível saber quando as pessoas procuram parceiros sexuais na tentativa de se automedicarem, para reduzir a dor emocional que estão sofrendo, buscando conexões sexuais com outras, mesmo que sejam passageiras.
2. Estilo de vida de alto risco. As pesquisas demonstraram ainda que as pessoas com um estilo de vida de alto risco procuram mais relações sexuais e uso de substâncias por dois motivos: por terem personalidades impulsivas ou porque são ansiosas e deprimidas. Os resultados do trabalho levaram especialistas em saúde mental a afirmar que, para reduzir as taxas de comportamento sexual arriscado, é necessário tratar os problemas psicológicos ocultos que levam indivíduos a buscar essa saída para sua própria infelicidade ou estilo de personalidade.
Tanto para homens quanto para mulheres o desenvolvimento de uma dependência em substâncias químicas aumentou praticamente conforme a quantidade de parceiros sexuais. Por outro lado, as pessoas que têm maior número de parceiros sexuais não necessariamente têm maiores taxas de ansiedade ou depressão.
Os autores da pesquisa alertam ainda que pessoas que vivem um estilo de vida arriscado e mantém um número maior de parceiros sexuais, no futuro têm mais chances de desenvolver problemas mentais. E, obviamente, existe grande chance de que os indivíduos que transam com diversos parceiros estejam envolvidos em situações em que há álcool e drogas, portanto, também correm o risco de desenvolver a dependência química com o tempo.
3. Quanto maior o número, menor a realização emocional. Mas quantos são múltiplos? Esta pergunta levou os cientistas a dividirem o número de parceiros em três grupos numa base anual: 0 ou 1, 1,1 a 2,5 e 2,6 anos ou mais. No entanto, alguns participantes informaram terem tido relações com até dez pessoas diferentes num único ano. Os cientistas afirmam que a natureza dos relacionamentos de sexo casual pode representar um fator de risco por si só. “Essas relações geralmente são impessoais, carecendo de potencial para promover a realização emocional”, escrevem eles no artigo publicado pela Psychology Today. Para lidar com sentimentos de solidão e desespero, muitos bebem álcool, o que pode abrir caminho para uma futura dependência em drogas.
Embora homens e mulheres estejam desenvolvendo padrões similares de comportamento sexual e abuso de substâncias, neste quesito os efeitos são mais fortes para as mulheres. Para elas, ter múltiplos parceiros ainda pode ir contra o que elas próprias consideram socialmente aceitável – e também acabam recorrendo a substâncias para lidar com sentimentos de vergonha, constrangimento e insatisfação.
Por causa disso, as mulheres devem ser mais cautelosas antes de se envolver em incontáveis transas com pessoas diferentes, principalmente em relação a seus sentimentos na manhã seguinte. O propósito do estudo, como ressaltam os autores, não é repreender as pessoas por terem diversos parceiros sexuais, ou gerar ainda mais culpa sobre aqueles que já sentem que estão violando seus próprios padrões morais. Ao contrário, eles afirmam que pretendem indicar de um ponto de vista estritamente científico que o sexo frequente com inúmeros parceiros sexuais parece carregar um risco.