quarta-feira, março 06, 2013

Cientistas descobrem fóssil de camelo gigante no Ártico

Paleontólogos descobriram fósseis de um camelo gigante na Ilha de Ellesmere, na porção do Canadá no Ártico, informaram agências internacionais nesta quarta-feira (6). Os 30 fragmentos de osso encontrados representam o registro mais ao norte que se tem de animais do gênero Paracamelus, que teriam vivido há 3,5 milhões de anos [segundo a cronologia evolucionista] no extremo norte canadense, segundo os pesquisadores. Os camelos primitivos habitaram a região quando havia no local uma floresta boreal, durante um período de aquecimento do planeta, de acordo com os pesquisadores. Os antecessores desses animais surgiram há 45 milhões de anos [idem] na América do Norte, de acordo com os cientistas. O estudo com os detalhes da descoberta foi publicado nesta semana no site científico Nature Communications. Ele foi realizado por pesquisadores do Museu Canadense de Natureza.

“Essa é uma descoberta importante porque representa a primeira evidência de camelos na região do alto Ártico”, afirmou uma das responsáveis pelo estudo, a pesquisadora Natalia Rybczynski. Segundo a cientista, a descoberta também “sugere que a linhagem à qual pertencem os camelos modernos originalmente se adaptou para viver em torno de uma floresta boreal”. Algumas características dos camelos modernos, “como seus pés largos e planos, seus grandes olhos e suas corcovas de gordura, podem ter sido adaptações derivadas da vida em uma região polar”, afirmou Natalia.

Fósseis do camelo foram encontrados durante escavações de campo nos verões de 2006, 2008 e 2010 em um pequeno monte em Fyles Leaf Bed, um depósito de areia em uma região da Ilha de Ellesmere, onde já foram encontrados restos de plantas pré-históricas, mas nunca de um mamífero.

Segundo os pesquisadores, os fragmentos pertencem a uma tíbia, osso que em seres humanos é um dos maiores do organismo. Eles afirmam, no estudo, não terem sido capazes de fazer uma medição precisa do tamanho do camelo, mas ressaltam que a característica é identificável devido às grandes proporções do fóssil.

Anteriormente, em um lugar próximo conhecido como Beaver Pond, foram descobertos fósseis de mamíferos datando da mesma época. A confirmação de que os fósseis descobertos são de um camelo exigiu que os cientistas recorressem a uma nova técnica de análise, que permite determinar o perfil de colágeno nos ossos descobertos.

Os dados anatômicos dos fósseis, junto com a comparação de seu perfil de colágeno com o de 37 mamíferos atuais e com o do camelo gigante de Yukon (noroeste do Canadá) - o antecessor dos camelos modernos - que se encontra no Museu Canadense de Natureza, confirmaram que os fósseis da Ilha de Ellesmere pertencem a um camelo.

Seguramente, o animal era do mesmo gênero Paracamelus que habitou a América do Norte durante milhões de anos [idem], disseram os cientistas.


Nota: Esse é mais um fóssil de animal gigante (entre tantos outros) encontrado pelos pesquisadores. Curiosamente, foi encontrado numa região hoje congelada, mas que tudo indica ter sido floresta num passado remoto. Tudo isso está de acordo com o modelo criacionista. Outro detalhe: os pés largos e planos dos camelos, seus grandes olhos e suas corcovas de gordura já foram tidos como adaptações evolutivas próprias para ambientes quentes e desérticos. Agora, como encontraram esse fóssil numa região tida como fria (será que sempre foi?), tratam essas características como próprias de ambiente frio! Isso é que é teoria camaleônica! Sempre adaptam os fatos à teoria e não o contrário.[MB]