quarta-feira, março 13, 2013

O amor acabou? Darwin “explica”

Vocês trocaram mensagens bobas pelo celular, dividiram brigadeiros de panela, assistiram TV juntos largados na poltrona e dormiram de conchinha. Foram, enfim, o centro da vida um do outro. Mas agora é cada um para o seu lado. E sempre fica um enorme ponto de interrogação: Se era tão bom, por que acabou? Para entender, é preciso voltar no tempo e fazer um passeio pelas savanas africanas, três milhões de anos atrás [segundo a mitologia e a cronologia evolucionistas]. O homem caçava e protegia a família. A mulher cuidava dos filhotes. Mas, em determinado momento, os casais se separavam. O objetivo da família nuclear - nome técnico que os antropólogos dão ao conjunto de pai, mãe e filhos - era garantir que o homem ficasse por perto tempo suficiente para criar o filhote. Somente isso. Quando o filhote já estava crescidinho e não exigia atenção integral da mãe (que por isso podia voltar a se virar sozinha), o pai estava livre para ir embora e procurar outras fêmeas para procriar.

É daí que vem a chamada crise dos sete anos [impressionante!]. Esse é o período necessário para que uma criança se torne minimamente independente. Um estudo da ONU revelou que o número de separações vai aumentando a partir do terceiro ano dos relacionamentos e atinge o pico no sétimo ano - quando começa a declinar. Ou seja: o sétimo ano realmente é a hora da verdade da relação. [...]

Lembra-se de quando dissemos, na primeira reportagem desta série, que os sistemas cerebrais (luxúria, paixão/amor e ligação) eram independentes? Isso tem um motivo - e não é complicar os relacionamentos. Pelo contrário: surgiu [sic] para que nossos ancestrais pudessem buscar estratégias reprodutivas diferentes. A mulher poderia ter um parceiro para protegê-la enquanto gerava os filhos de outro, enquanto o homem poderia espalhar seus genes alegremente por aí, com outras mulheres. A natureza não queria [sic] o ideal romântico de amor eterno. Ela queria [sic] que tivéssemos um backup reprodutivo, um plano B genético, e nos meteu nessa confusão. [...]

(Superinteressante)

Nota: O evolucionismo sempre “dando uma mãozinha” para os maus comportamentos humanos. Se Darwin já “explicava” o adultério (confira aqui), agora “explica” também por que muitos casamentos acabam nos sete primeiros anos de união. Alguém chegou a notar que é exatamente nesse período que geralmente nascem os filhos? E que se o relacionamento não for estabelecido e mantido por fortes vínculos de compromisso, essa nova realidade que exige tremenda dose de doação e de maturidade emocional fatalmente abala a relação? Claro que, para dar uma força à teoria e igualar ainda mais o ser humano aos animais, os pesquisadores deixaram esses “detalhes” de lado. Do ponto de vista evolucionista, o próprio casamento e os votos de compromisso que se trocam no altar passam a ser considerados pura convenção social sem muito sentido. Resumindo: é a teoria ideal para “detonar” a santidade de uma instituição criada por Deus no Éden e que deveria servir para abençoar as pessoas.[MB]