"Certezas" que caem por terra |
Anos
atrás, li o livro A Dança do Universo,
de Marcelo Gleiser. Nele, o físico brasileiro defende apaixonadamente e com
convicção a teoria do big bang. Antes disso, talvez uns dez anos mais para
trás, quando eu tinha 15, li também Uma
Breve História do Tempo, de Stephen Hawking. Naqueles idos anos 1990, de
tanto ler livros como o de Hawking e revistas como a Superinteressante, eu não tinha dúvidas. A doutrinação havia sido
forte e eu acreditava quase piamente que a grande explosão tinha dado origem ao
Universo – ainda que fosse Deus o “detonador” dela. Nada como uma década depois
da outra para fazer com que algumas certezas se mostrem frágeis, embora seus
defensores e a mídia alinhada as tenham apresentado como verdade científica.
Duas notícias recentes mostram que nem sempre é bom confiar cegamente nos
homens da ciência (em homem nenhum, na verdade) e em reportagens fantásticas
veiculadas aqui e acola.
Ano
passado, cientistas afirmaram ter descoberto evidências das ondas
gravitacionais primordiais, flutuações que teriam sido causadas pela suposta
inflação cósmica, período do Universo no qual ele teria aumentado de tamanho de
forma espantosa em uma fração de segundos. A descoberta foi comemorada não só
como uma evidência do big bang, mas como efeito previsto por uma das hipóteses
sobre os primeiros momentos do nosso Universo. Mas não era bem assim. [Continue lendo.]