quinta-feira, fevereiro 05, 2015

Maior roedor do mundo mordia com a força de um tigre

Concepção artística do bichão
Os resultados da análise, que foram publicados na revista Journal of Anatomy, sugerem que seguramente o roedor utilizava esses dentes de 30 centímetros não só para comer, mas também para desenterrar alimentos e se defender, da mesma forma que fazem os elefantes. Os modelos informáticos do Josephoartigasia monesi, que se acredita ter vivido no plioceno, no que hoje é o Uruguai, confirmam que esse parente do porquinho-da-índia e da pacarana tinha o tamanho de um búfalo e pesava em torno de uma tonelada. Segundo o estudo divulgado hoje, embora a força da mordida do animal fosse equivalente à de um tigre, seus longos incisivos podiam suportar pressões três vezes maiores.

Na época em que viveu na América do Sul, entre dois e quatro milhões de anos atrás [segundo a cronologia evolucionista], proliferavam os mamíferos de grande tamanho, como os primeiros mamutes.

Para analisar como funcionava a mandíbula do maior roedor conhecido, os cientistas fizeram um scanner do crânio incompleto achado no Uruguai e o reconstruíram digitalmente. Depois mediram a força da mandíbula com um programa que avalia as pressões em objetos complexos. “Chegamos à conclusão de que o Josephoartigasia monesi utilizava seus incisivos para outras atividades além de morder, como escavar para buscar alimentos e para se defender dos predadores”, declarou o diretor do estudo, Philip Cox, anatomista na universidade inglesa de York. “Isso seria similar a como um elefante moderno age”, especificou.

(Efe)

Nota: Animais antigos de grande porte são previstos no modelo criacionista. É bom lembrar, também, que certos animais como o gorila, se existissem apenas na forma fóssil, poderiam ser classificados como carnívoros, devido à sua dentição; e outros, tidos como carnívoros, foram reavaliados e declarados herbívoros (confira). O fato é que se sabe bom pouco do comportamento dos animais “pré-históricos”, pois tudo o que se tem deles são fósseis (em alguns casos, apenas fragmentos). Quem sabe se todos os seres vivos não usavam suas presas e garras para comer alimentos como raízes? [MB]