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"Por exemplo, mamíferos usam uma grande fração da sua entrada de energia para a manutenção do corpo, especialmente produção de calor e regulação de temperatura, portanto menos energia está disponível para crescimento. Nos dinossauros, condições opostas existiam. Eles usavam mais energia para o crescimento e menos para a manutenção do corpo."
McNab - que já trabalhou na Universidade de São Paulo pesquisando o metabolismo de morcego - explica que animais mantêm a temperatura do corpo de duas maneiras básicas: endotermia ("sangue quente") ou ectotermia ("sangue frio"). Mamíferos e aves são endotérmicos; já peixes e répteis são ectotérmicos, precisam de calor para regular a temperatura.
Uma discussão antiga e polêmica é se os dinos eram endotérmicos ou ectotérmicos. Para McNab, mais importante que a biologia térmica dos dinossauros era a disponibilidade de comida. Segundo ele, a maioria das análises ignora que são os recursos consumidos que, no fundo, controlariam o gasto de energia e o tamanho do corpo.
Os dinos teriam uma temperatura intermediária entre répteis e mamíferos, algo possível pelo grande tamanho. "Uma vantagem do corpo grande é que ele seria termicamente estável sem gastar muita energia", diz McNab. O tamanho de um animal, afirma, seria governado por um "toma-lá-dá-cá" de fatores como peso, mobilidade e calorias da alimentação.
(Jornal da Ciência)
Nota: Pelo menos dois aspectos relacionados com o mundo do passado coadunam com o modelo diluvianista bíblico: (1) abundância de vida vegetal em todo o planeta (o que sugere um clima bem mais ameno e uniforme que o atual), já que fósseis de dinossauros herbívoros (que eram a maioria) são encontrados em quase todas as partes do globo, e (2) animais gigantes, que não eram apenas os dinossauros, já que são encontrados fósseis de aves, mamíferos (ex.: preguiça de 4 m) e até mesmo plantas de grande porte (ex.: palmeira de 9 m).[MB]