segunda-feira, julho 06, 2009

Um mal chamado autoajuda

Em tempos de dúvida e incerteza, é comum que as pessoas procurem livros de autoajuda para procurar algum tipo de encorajamento e autoafirmação. Esses livros usam frases positivas, como “sou uma pessoa amável” ou “vou ter sucesso”, como uma forma de melhorar a autoestima do leitor e levá-lo a ações positivas. Entretanto, um estudo mostra que essas frases podem, na verdade, ter o efeito contrário ao pretendido. Os psicólogos Joanne Wood e John Lee, da Universidade de Waterloo, e Elaine Perunovic, da Universidade de New Brunswick, no Canadá, descobriram que pessoas com a autoestima baixa se sentem piores depois de repetir frases de autoafirmação positivas.

Os pesquisadores pediram aos participantes com autoestima baixa e alta que repetissem a frase “eu sou uma pessoa amável”. Eles então mediram o humor dos participantes e a sua sensação momentânea sobre si mesma. Surpreendentemente, os pesquisadores descobriram que os participantes com a autoestima baixa se sentiam piores depois de repetir a frase, e aqueles com a autoestima alta se sentiam melhor – mas só um pouco. (...)

Os psicólogos sugerem que pensamentos positivos fora da realidade, como “eu me aceito completamente”, podem causar pensamentos contraditórios em pessoas com a autoestima baixa. Esses pensamentos negativos podem, assim, sobrepor os pensamentos positivos. Os pesquisadores concluem no estudo que “a repetição de frases autoafirmativas podem beneficiar algumas pessoas, mas produzem efeitos negativos naquelas pessoas que mais precisam do benefício”.

(Hypescience)

Note: Por isso, a melhor ajuda é aquela que vem do alto e não a autoajuda. Nem sempre é bom que eu me aceite como sou, já que nosso alvo deve ser mais elevado do que nós mesmos. Mas é muito bom saber que o Criador nos aceita como somos e nos ajuda nesse processo de crescimento e aceitação. O engano da autoajuda é fazer com que as pessoas olhem para dentro de si em busca de solução, quando a solução vem de fora; vem do alto.[MB]