A revista IstoÉ desta semana traz matéria em que analisa os fatores de risco para os casamentos. "Com o tempo e a rotina", diz a reportagem, "as divergências vêm à tona e nem sempre os casais estão preparados para lidar com os percalços. É o que revela o estudo 'O que o amor tem a ver com isso?', da Universidade Nacional da Austrália, divulgado na semana passada. Durante seis anos, os pesquisadores australianos observaram a rotina de 2.482 casais - casados de papel passado ou que moravam juntos. Descobriram qual o perfil de relação com maiores perspectivas de sucesso, as de maior probabilidade de fracasso e elencaram uma série de variáveis que sabotam as relações."
Alguns dados interessantes:
1. A taxa de separação entre homens de até 30 anos é de 19,8% (para mulheres nessa faixa etária é de 17,6%). Esses índices caem para 5% entre as pessoas com mais de 50. Ou seja, é melhor casar com maior maturidade.
2. 18% dos casais terminam antes de completar cinco anos de casamento. Relacionamentos com mais de 20 anos têm índice de separação de 4%. Portanto, a escolha sábia do cônjuge é fundamental.
3. A taxa de divórcio entre casais que experimentam o matrimônio pela primeira vez é de 10%. No segundo casamento, o índice sobe para 15% entre os homens e 17% entre as mulheres.
4. Casais que não dividiram o teto antes do matrimônio registram índice de divórcio de 7%. Quem morou junto antes de oficializar a relação se separa em 15% dos casos. Portanto, aquela história de que se tem que "experimentar antes" para dar certo é furada.
5. Pessoas que não bebem ou tomam, no máximo, dois drinques por noite registram uma taxa de separação de 8,9%. Entre os que costumam beber três doses ou mais, o índice sobe para 12% para os homens e 15% para as mulheres. Quando a mulher bebe mais do que o homem, é de 14%.
6. A taxa de separação é menor em casais não fumantes (7,8%). E maior quando ele fuma e ela não (17,4%).
7. A religião ajuda a manter o relacionamento. Quando nem o homem nem a mulher são religiosos, a taxa de separação é de 13,6%. Se apenas um é, o índice cai dois pontos percentuais. E, se ambos professam sua fé, a taxa de divórcio diminui para 8,1%.
Na mesma semana, a revista Mente e Cérebro publicou: "Casais que moram juntos antes do casamento apresentam maior risco de se divorciar que aqueles que esperam até a cerimônia – ou pelo menos até ficar noivos. A conclusão é de um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Denver, nos Estados Unidos. A pesquisa, publicada no Journal of Family Psychology, mostrou ainda que pessoas que foram morar juntas antes do noivado ou casamento demonstraram pouca satisfação em seus relacionamentos. Os pesquisadores estudaram ainda as razões pelas quais os casais decidem dividir o mesmo teto. De acordo com o estudo, a maioria se incomoda com namoros longos e teme a monotonia. A segunda razão alegada é a conveniência, inclusive financeira (na hora de dividir o aluguel). Em terceiro lugar foi citada a intenção de testar se a relação resiste a um tempo maior de convivência."
Nota: É interessante notar que boa parte dessas constatações (e muitas outras em inúmeras áreas) estão presentes acompanhadas de sábios conselhos num certo Livro milenar muitas vezes tido como ultrapassado...[MB]