quinta-feira, abril 28, 2011

Gonorreia pode virar superdoença

Cientistas alertam que a doença sexualmente transmissível (DST) gonorreia está se tornando cada vez mais resistente aos tratamentos nos EUA. Em 2009, quase um quarto das cepas de bactérias testadas em uma vigília em todo aquele país se mostraram resistente à penicilina, tetraciclina, fluoroquinolonas e até uma mistura dos três. Outras informações, datadas de 2010, indicaram resistência a outro antibióticos como cefalosporina. Isso é alarmante, pois as cefalosporinas são a última classe de antibióticos que os médicos têm para tratar essa DST. “Isso pode ser um anúncio do que está por vir”, disse Kimberly Workowski, do Centro para o Controle e Prevenção de DSTs (CDC) do governo dos EUA. “A resistência pode ficar pior.” Se isso acontecer, a gonorreia pode virar uma superbactéria e ter um efeito catastrófico no controle da doença. Especialistas estão trabalhando em estratégias de prevenção da resistência, incluindo tratar a doença com diversos antibióticos de uma só vez. Eles também estão fazendo campanha pelo sexo seguro para diminuir a transmissão.

A gonorreia é causada pela bactéria Neisseria gonorrhea e o seu contágio acontece por meio de sexo sem uso de preservativo. Pessoas com essa doença geralmente não têm sintomas visíveis, mas ela pode levar a complicações seríssimas, incluindo infertilidade e dor crônica na pélvis nas mulheres. Nos homens, ela pode causar epididimite, uma síndrome clínica que consiste em dor e inchaço do epidídimo (pequeno duto que coleta e armazena os espermatozoides), que pode levar à infertilidade. Se a bactéria se espalha na corrente sanguínea ou nas articulações, pode levar à morte.

Mais de 301 mil casos foram reportados pelo CDC em 2009, mas a agência estima que o número real chegue a 700 mil pessoas contaminadas a cada ano nos EUA. Desde os anos 1970 a bactéria tem ficado resistente aos antibióticos tradicionais como penicilina e tetraciclina. Em 1991, começaram a emergir bactérias resistentes à fluoroquinolona. Já não se recomenda mais tratamentos com essas drogas para não aumentar a resistência.
Pesquisadores agora veem o surgimento resistente à cefalosporina na região sudeste da Ásia. Geralmente, esses tipos resistentes migram para o EUA e se espalham pelo ocidente. “Esperamos que a história não se repita, mas parece que o padrão está se mantendo”, disse Kimberly.

Para prevenir a resistência, o CDC recomenda que a doença seja tratada com uma forma injetável de cefalosporina unida a outro tipo de antibiótico como azitromicina ou doxiciclina. Além disso, há pesquisas para encontrar drogas que combatam a DST com baixos custos, incluindo medicamentos que matam a bactéria em diferentes estágios de vida, disse a médica. Contudo, eles já estão preparando um plano emergencial em caso de uma epidemia.

(Hypescience)

Nota: Enquanto, por um lado, alguns se preocupam com o alastramento de doenças que podem se tornam epidêmicas, como a gonorreia (sem contar o flagelo da aids, que continua ceifando muitas vidas), outros promovem a libertinagem sob a bandeira da tolerância. É o caso das paradas gays e do recente “beijaço gay”, promovido num campus universitário. Experiências têm mostrado que o melhor combate a essas doenças deriva do verdadeiro sexo seguro, ou seja, praticado dentro do casamento (entre um homem e uma mulher), numa relação de fidelidade. Se o sexo for praticado nesse contexto, não há o que temer. Mas isso é conversa de “fundamentalistas retrógrados”. Vivemos em” novos tempos” e o povo quer liberdade. Então, que esteja preparado para as consequências das superdoenças e para os resultados de suas escolhas.[MB]

http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/2011/04/estudantes-fazem-ato-contra-homofobia-no-campus-da-ufmg.html

àfrica seja fiel