segunda-feira, abril 11, 2011

Individualismo impede pleno desfrute do sexo

O pesquisador alemão, que acaba de lançar em seu país o livro Auf der Suche nach der Sexuellen Freiheit (À Procura da Liberdade Sexual), diz que a vivência plena da sexualidade esbarra hoje na dificuldade de entrega, comum em uma sociedade centrada no indivíduo e na mercantilização do sexo.

Seu livro se chama À Procura da Liberdade Sexual. Quarenta anos após a revolução sexual, ainda é preciso buscá-la? O que fracassou?

O aspecto sexual foi superestimado. Pensava-se que, quando tudo fosse permitido, as pessoas seriam livres e felizes. Hoje sabemos: não é o caso.

Quais obstáculos ainda impedem as pessoas de viver sua sexualidade livremente?

Hoje, o problema é que a sexualidade é fortemente comercializada e as pessoas não conseguem construir um relacionamento. Por um lado, porque se tornaram muito exigentes, e, por outro, porque estão muito centradas em si mesmas. Pensam primeiro em si, não no possível parceiro.

O sexo está em todos os lugares, especialmente na internet. Quais as consequências?

O sexo foi extremamente banalizado. Seus segredos foram roubados, e ele foi reduzido a produto. Quando se pode fazer tudo, também se pode abrir mão de tudo. A excitação de fazer algo obscuro, desconhecido e único foi em grande parte perdida. [...]

(Folha.com)