Apesar da proliferação de maciças campanhas em favor do preservativo na luta contra o HIV/aids, mais um estudo mostra que a estratégia mais eficiente é promover a fidelidade matrimonial e a responsabilidade sexual. O novo estudo proveniente do Zimbábue, onde a prevalência caiu 50% desde que atingiu seu máximo no fim dos anos 90, verificou que o sucesso foi motivado primariamente pela modificação dos comportamentos sexuais, particularmente uma queda no sexo casual, comercial ou extramarital. O Dr. Daniel Halperin, da Harvard School of Public Health, e seus colegas reportam: “No Zimbábue, tal como em todos os outros lugares, a redução dos parceiros parece ter desempenhado papel crucial na reversão da epidemia do HIV.” O estudo, publicado este mês na PLoSMedicine.org, foi comissionado pela UNFPA e a UNAIDS.
Os pesquisadores verificaram que a mudança de comportamento foi motivada pelo medo da infecção, medo esse exacerbado pela elevada mortandade causada pela aids. Eles afirmam também que o declínio econômico amplificou a queda nas taxas de HIV uma vez que os homens têm agora menos dinheiro para pagar para ter sexo ou manter múltiplos relacionamentos.
Embora contrair uma DST no Zimbábue tenha sido imagem de marca num passado recente, segundo os pesquisadores, esse dado tem-se tornado embaraçoso e humilhante.
Foi sugerido pela equipe investigadora que o Zimbábue foi mais bem-sucedido no combate à aids que outros países africanos porque tem elevadas taxas de casamento e escolaridade secundária em maior número. Devido a isso, a população estava melhor colocada para agir em conformidade com a educação em torno da aids e aceitar melhor os métodos de prevenção com a mensagem “Seja fiel”.
Embora colocando ênfase na importância da fidelidade e da responsabilidade sexual, o artigo da equipe suporta o uso de preservativos durante o sexo casual.
O Dr. Edward C. Green, presidente do New Paradigm Fund e antigo diretor do AIDS Prevention Research Project (Harvard), declarou à LifeSiteNews que essa pesquisa é “mais uma evidência” em favor sua posição de longa data de que “a fidelidade (às vezes chamada de redução de parceiros) e, com menor ênfase, a abstinência, são as medidas mais eficientes no combate à aids especialmente na África”.
Ele concorda também com a verificação do artigo de que “quando as pessoas estão com medo de contrair a aids, elas tendem a usar o senso comum e evitar comportamentos promíscuos”.
O Dr. Green tem sido um dos maiores críticos da promoção dos preservativos por parte das grandes agências do combate à aids. Ele foi notícia em 2009 ao confirmar o que Bento XVI disse quando este declarou que os preservativos apenas “aumentam o problema” do HIV e da aids.
“Há uma consistente associação mostrada pelos nossos melhores estudos entre maior disponibilidade de preservativos e uma maior (e não menor) taxa de infecção do HIV […]. Isso pode ocorrer em parte devido ao fenômeno conhecido como ‘compensação de risco’. Quando alguém usa uma tecnologia que ‘reduz o risco’, muitas vezes essa pessoa perde o benefício (redução do riso) ao ‘compensar’ ou correndo riscos maiores que correria se não usasse a tecnologia redutora dos riscos.”
Isso demonstra mais uma vez a sabedoria de Deus ao ordenar aos seres humanos que se mantenham em abstinência enquanto solteiros e sejam fiéis depois de casados.
Como acontece sempre, os comportamentos que a ciência mostra serem os mais saudáveis já estavam [descritos] na Bíblia há séculos. Parece que os “ignorantes pastores do deserto” tinham acesso a uma Fonte de informação com profundo conhecimento da natureza humana.
(Darwinismo)
Nota: Eu gostaria de ver o Ministério da Saúde brasileiro promovendo, durante o carnaval, uma campanha com o slogan “Seja fiel”, em lugar de vídeos que mostram adolescentes falando que fizeram muito sexo, mas com camisinha (como se fosse apenas físico o problema do sexo irresponsável fora do contexto matrimonial). Mas acho que estou sendo utópico demais.[MB]
quarta-feira, abril 20, 2011
Zimbábue: abstinência, fidelidade, queda nas taxas de HIV
quarta-feira, abril 20, 2011
comportamento, saúde, sexualidade