Lynn Margulis, bióloga evolucionista, mas não darwinista, concedeu recentemente entrevista para a revista Discover. Entre muitas coisas, Margulis foi academicamente honesta ao responder sobre o status epistêmico da atual teoria da evolução, a Síntese Evolutiva Moderna, que ela nomeou como neodarwinismo: “Todos os cientistas concordam que a evolução ocorreu […] A questão é: A seleção natural é suficiente bastante para explicar a evolução? […] Este é o problema que eu tenho com os neodarwinistas: eles ensinam que a geração de novidade é o acúmulo de mutações aleatórias no DNA, numa direção estabelecida pela seleção natural […] A seleção natural elimina, e talvez mantenha, mas ela não cria. […] Eu fui ensinada muitas vezes que o acúmulo de mutações aleatórias resultava em mudança evolucionária – resultava em novas espécies. Eu acreditei nisso, até que procurei pela evidência. […] Não existe gradualismo no registro fóssil […] O ‘equilíbrio pontuado’ foi inventado para descrever a descontinuidade [...] Os críticos, inclusive os críticos criacionistas, estão certos em seu criticismo. Apenas que eles nada têm a oferecer a não ser o design inteligente ou ‘Deus fez’. Eles não têm alternativas que sejam científicas. […] Os biólogos evolucionistas acreditam que o padrão evolucionário é uma árvore. Não é. O padrão evolucionário é uma teia […].”
Nota do blog Desafiando a Nomenklatura Científica: “A Nomenklatura científica como sói sempre, ficará muda como mármore de Carrara. A galera dos meninos e meninas de Darwin não poderá usar da retórica vazia e surrada de que os críticos do fato, Fato, FATO da evolução não entendem o que é ciência e nem como fazer ciência. No primeiro caso, o silêncio da Nomenklatura científica é compreensível porque é melhor ficar calado mesmo, pois Margulis é uma cientista de peso. Para que replicar e dar destaque às suas críticas? No segundo caso, a galera dos meninos e meninas de Darwin vai ter que enfiar a viola no saco, porque essa crítica é uma cientista evolucionista, não mais darwinista, mas é uma evolucionista honesta! [...] O fato, Fato, FATO da evolução é um fato, Fato, FATO, mas os cientistas não sabem, nota bene, NÃO SABEM como se deu o fato, Fato, FATO da evolução. Ué, mas nada em biologia faz sentido a não ser à luz da evolução, não é? Mas que luz epistêmica é essa que ninguém sabe COMO se deu?
“E ainda tem autores de livros-texto de Biologia do ensino médio que abordam o fato, Fato, FATO da evolução como sendo um fato estabelecido cientificamente. Nada mais falso! Pior de tudo, o 171 epistêmico desses autores é aprovado pelo MEC/SEMTEC/PNLEM. O nome disso é desonestidade acadêmica!
“Srs. autores de livros didáticos, estou desde 1998 esperando ser processado por danos morais e calúnia. Nenhum de vocês me processa, e eu explico a razão: eu vou para o banco dos réus, mas Darwin vai junto comigo.
“QED: a maior ideia que toda a humanidade já teve – a seleção natural através de mutações aleatórias – não explica o fato, Fato, FATO da evolução! Traduzindo em miúdos: a teoria geral da evolução de Darwin não é assim uma Brastemp no contexto de justificação teórica, e demanda sua revisão ou simples descarte. Eu proponho seu simples descarte. Todavia, na Nomenklatura científica, quando a questão é Darwin, é tutti cosa nostra, capice?
“E a nova teoria geral da evolução - a Síntese Evolutiva Ampliada – só vai sair em 2020. Por quê? Não temos cientistas capazes de elaborar uma teoria da evolução para o século 21? Que vergonha...”