[Meus breves comentários seguem entre colchetes. - MB] A
pele humana é uma evidência direta da evolução [de qual: a macro ou a micro?].
A pequena quantidade de pelos e os múltiplos tons de pele foram características
cuidadosamente selecionadas durante milhões de anos [segundo a cronologia
evolucionista] e representam mais do que traços cosméticos – eles são
responsáveis pela sobrevivência da espécie. Hoje em dia, no entanto, essas
mesmas adaptações podem conflitar com o estilo de vida moderno. “Toda essa
variedade de tons de pele dentro de uma mesma espécie é incrível [note que o
texto vai tratar apenas de variação dentro de uma espécie, mas tentará
“emplacar” isso como “evolução”, não mera adaptação ou diversificação de baixo
nível]. Entender como isso se desenvolveu desde nossos antepassados pode ter
profundas consequências para a nossa saúde hoje em dia”, diz Nina Jablonski,
antropóloga da Universidade Estadual da Pensilvânia e autora do livro Living Color: The Biological and Social
Meaning of Skin Color (Cores Vivas: Os Significados Biológicos e Sociais da
Cor de Pele, inédito em português). No dia 16, ela participou do Encontro Anual
da Associação Americana para o Avanço da Ciência, em Boston, EUA, onde
conversou com o site de Veja.
Segundo
as evidências mais recentes, o corpo dos antepassados humanos era repleto de
pelos, como macacos [aqui se trata de extrapolação macroevolutiva baseada em
evidências enviesadas]. Eram caçadores-coletores que viviam nas zonas tropicais
da África, onde os alimentos e a água eram abundantes, e o clima era ameno. Nessas
condições, os pelos ajudavam a reter o calor corporal.
Há
cerca de dois milhões de anos [idem], no entanto, a Terra foi atingida por uma
série de mudanças climáticas, e as florestas locais não passaram incólumes. Os
hominídeos da época começaram, então, a se locomover cada vez mais para
conseguir suprimentos. Ao mesmo tempo, eles passaram a desenvolver um cérebro
cada vez maior [como se isso fosse algo simples de se resolver, simplesmente
dizendo que aconteceu. Como a complexidade surge
da simplicidade?], o que seria essencial para o surgimento do Homo sapiens. O órgão, no entanto, era
extremamente sensível a grandes temperaturas. A maior mobilidade e a
sensibilidade ao calor se tornaram uma combinação perigosa. Assim, hominídeos
com menor quantidade de pelos se tornaram mais aptos a sobreviver e a passar
seus genes adiante – era a seleção natural em ação. “Começamos a perder nossos
pelos para liberar melhor o calor do corpo”, diz Jablonski. Hoje, os humanos
são os únicos primatas – e dos raros mamíferos – com poucos pelos no corpo.
[Por que apenas nós desenvolvemos essa característica, uma vez que outros seres
vivos também precisariam se livrar dos pelos, segundo a “explicação” provida
por essa hipótese?]
No
entanto, ao perderem os pelos, os hominídeos se tornaram extremamente
vulneráveis ao sol da África tropical: sua pele era muito clara – como a dos
chimpanzés. Ao absorver as grandes quantidades de raios ultravioleta que
incidiam no local, eles podiam sofrer sérias queimaduras, desenvolver diversos
tipos de câncer, além de perder vários nutrientes da pele. Um deles – o folato –
é essencial para o desenvolvimento correto dos embriões e importante para o
sucesso reprodutivo humano [se é essencial, como o ser humano “se virava” antes
do surgimento dele?]. Assim, a pele
desses ancestrais foi ficando cada vez mais rica em melanina, um pigmento
responsável por escurecer a pele e protegê-la dos raios ultravioleta [então,
antes mesmo de ser necessária, a melanina já estava “esperando” para
desempenhar sua função?]. “Não há nenhuma relação genética entre a perda de
pelo e a mudança da cor da pele. Eles apenas aconteceram em um período
histórico próximo: um veio mitigar os efeitos do outro”, diz Nina Jablonski.
[Impressionante! Um mecanismo precisa do outro, senão a vantagem se
demonstraria desvantagem; e ambos estavam ali!]
Esses
ancestrais humanos continuaram seu percurso natural de evolução, com cérebros
cada vez maiores [!] e postura cada vez mais ereta. Há 200 mil anos [idem], sua
anatomia tornou-se semelhante à do homem moderno, dando origem ao Homo sapiens. Mesmo após surgir como
espécie, os seres humanos continuaram na África por mais de metade de sua
história na Terra, carregando a pigmentação de pele perfeita para a incidência
solar na região [e até que isso acontecesse, os africanos branquinhos deram um
jeito de sobreviver sem quantidades altas de melanina]. No entanto, há 80 mil
anos, os primeiros humanos começaram a deixar o continente rumo à Europa e à
Ásia. Em sucessivas ondas de migração, passaram a encontrar novos ambientes,
com latitudes e altitudes maiores – e menor incidência de raios ultravioleta.
O
problema é que essa mesma radiação, que pode ser perigosa quando absorvida em
excesso, também é essencial para a síntese de vitamina D no sangue humano. A
falta dessa vitamina diminui a absorção de cálcio e deprime o sistema
imunológico. Sua ausência crônica pode levar a problemas no parto, deformidades
e até morte. Mais uma vez, a seleção natural começava a favorecer uma mudança
na cor da pele: pessoas com menos pigmentação conseguiam produzir mais vitamina
a partir do parco sol local, tornando-se mais aptas a sobreviver.
Segundo
Nina Jablonski, a pele mais clara se desenvolveu três vezes de maneira isolada
entre os ancestrais humanos. “Uma dessas vezes foi entre os Neandertais
europeus, que, segundo estudos genéticos, tinham peles claras e cabelos ruivos.
As outras duas foram entre os Homo
sapiens europeus e os asiáticos”, diz. Há mais de uma década, a antropóloga
publicou o primeiro estudo que mostrava as relações entre a incidência de raios
ultravioleta no mundo e a distribuição das populações com diferentes tons de
pele.
(Veja)
Nota: Se
quiserem chamar essa diversificação de tons de pele de “evolução”, tudo bem. O
criacionismo comporta e aceita esse fato. Mas extrapolar isso para milhões de
anos no passado e relacionar com hominídeos é pura ficção darwinista.[MB]