A
investigação tecnológica de crimes, popularizada pela série de TV “CSI” em
cenários como Las Vegas e Nova York, caminha para ganhar nova temporada no
Brasil. Campinas, no interior de São Paulo, não será mais uma franquia do
programa, mas planeja ter, até o fim de 2014, um laboratório forense para desenvolver
e aprimorar tecnologias usadas por peritos para desvendar extorsões, mortes e
crimes cibernéticos [ou seja, detectar sinais de inteligência]. O CSI:
Campinas, como vem sendo chamado pelos criadores, é uma iniciativa de
professores da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e tem nome de batismo
menos glamouroso: LPMF (Laboratório Multidisciplinar de Pesquisas
Forenses). Aprovado pela pró-reitoria de pesquisa da Unicamp no fim do ano
passado, o LPMF ficará em um dos quatro prédios erguidos pela universidade para
abrigar laboratórios multidisciplinares. O custo total estimado é de R$ 30
milhões, com equipamentos.
Os 15
pesquisadores da equipe inicial também não agirão sob holofotes. A ideia é que
eles trabalhem na retaguarda, em algo que poderia ser definido como “fábrica de
CSI”. “Vamos desenvolver soluções”, explica o professor doutor Anderson Rocha,
do Instituto de Computação (IC).
Além do
IC, farão também parte da “fábrica de CSI” o Instituto de Química, o Instituto
de Biologia e a Faculdade Engenharia Elétrica e de Computação. As quatro áreas
previstas para integrar o laboratório já auxiliavam, separadamente, em
investigações de crimes, por meio de convênios com a Polícia Federal e a
Polícia Civil. Também colaboravam com órgãos internacionais, como a Fundação
Nacional de Ciência, dos EUA.
Os
principais objetivos da iniciativa, ao unir as forças, é ampliar a atuação e
entregar resultados forenses para todos os tipos de casos e formar novos
especialistas. Uma vez em pé, a estrutura do CSI: Campinas permitirá aprofundar
pesquisas já em curso. Segundo o professor doutor Arício Linhares, da Biologia,
as equipes criarão insetos para testar como reagem a drogas para futuras
investigações, por exemplo.
Segundo
Rocha, os órgãos responsáveis pelas pesquisas, hoje, possuem tecnologia de
ponta, mas não têm tempo para desenvolver novas soluções que antevejam a
criatividade criminosa, justamente o plano para agora. [...]
Nota do blog Desafiando a Nomeklatura Coentífica: “E agora José? Disseram que a Teoria do Design Inteligente, ao
propor que sinais de inteligência eram detectados na natureza, era
pseudociência. O que dizer agora da Unicamp, uma das maiores universidades da
América Latina, sem querer, querendo, vai montar um laboratório para “detecção
de sinais de inteligência na natureza”? Pano rápido, o bom em ciência é que uma
ideia além do seu tempo é inicialmente desprezada, depois execrada e finalmente
aceita. Será que o Design Inteligente já se encontra na última etapa? E em uma
de nossas mais conceituadas universidades?