quarta-feira, fevereiro 27, 2013

Unicamp cria “laboratório CSI” para desvendar crimes


A investigação tecnológica de crimes, popularizada pela série de TV “CSI” em cenários como Las Vegas e Nova York, caminha para ganhar nova temporada no Brasil. Campinas, no interior de São Paulo, não será mais uma franquia do programa, mas planeja ter, até o fim de 2014, um laboratório forense para desenvolver e aprimorar tecnologias usadas por peritos para desvendar extorsões, mortes e crimes cibernéticos [ou seja, detectar sinais de inteligência]. O CSI: Campinas, como vem sendo chamado pelos criadores, é uma iniciativa de professores da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e tem nome de   batismo menos glamouroso: LPMF (Laboratório Multidisciplinar de Pesquisas Forenses). Aprovado pela pró-reitoria de pesquisa da Unicamp no fim do ano passado, o LPMF ficará em um dos quatro prédios erguidos pela universidade para abrigar laboratórios multidisciplinares. O custo total estimado é de R$ 30 milhões, com equipamentos.

Os 15 pesquisadores da equipe inicial também não agirão sob holofotes. A ideia é que eles trabalhem na retaguarda, em algo que poderia ser definido como “fábrica de CSI”. “Vamos desenvolver soluções”, explica o professor doutor Anderson Rocha, do Instituto de Computação (IC).

Além do IC, farão também parte da “fábrica de CSI” o Instituto de Química, o Instituto de Biologia e a Faculdade Engenharia Elétrica e de Computação. As quatro áreas previstas para integrar o laboratório já auxiliavam, separadamente, em investigações de crimes, por meio de convênios com a Polícia Federal e a Polícia Civil. Também colaboravam com órgãos internacionais, como a Fundação Nacional de Ciência, dos EUA.

Os principais objetivos da iniciativa, ao unir as forças, é ampliar a atuação e entregar resultados forenses para todos os tipos de casos e formar novos especialistas. Uma vez em pé, a estrutura do CSI: Campinas permitirá aprofundar pesquisas já em curso. Segundo o professor doutor Arício Linhares, da Biologia, as equipes criarão insetos para testar como reagem a drogas para futuras investigações, por exemplo.

Segundo Rocha, os órgãos responsáveis pelas pesquisas, hoje, possuem tecnologia de ponta, mas não têm tempo para desenvolver novas soluções que antevejam a criatividade criminosa, justamente o plano para agora. [...]


Nota do blog Desafiando a Nomeklatura Coentífica: “E agora José? Disseram que a Teoria do Design Inteligente, ao propor que sinais de inteligência eram detectados na natureza, era pseudociência. O que dizer agora da Unicamp, uma das maiores universidades da América Latina, sem querer, querendo, vai montar um laboratório para “detecção de sinais de inteligência na natureza”? Pano rápido, o bom em ciência é que uma ideia além do seu tempo é inicialmente desprezada, depois execrada e finalmente aceita. Será que o Design Inteligente já se encontra na última etapa? E em uma de nossas mais conceituadas universidades?