sexta-feira, setembro 26, 2014

A seleção e a origem das raças de cães

Exemplo de "microevolução"
O cachorro é um dos bichos de estimação mais comuns entre os seres humanos, conhecido largamente como “melhor amigo do homem”. Sendo assim, esses animais estão presentes por todo o mundo. Com a globalização, diferentes raças de cachorro se espalharam por todo o planeta, mas não deixaram de ter suas origens. Alguma vez você já se perguntou onde os ancestrais de seu cão viveram? Essa pergunta foi respondida pela ilustradora Lili Chin, que criou uma série de pôsteres chamada “Dogs of The World” (em português, “Cães de Todo o Mundo”), que apresenta mais de 200 raças de cães classificadas por seus lugares de origem. “Eu criei a série para me divertir. Faço retratos de animais de estimação por encomenda há sete anos, para angariar fundos para a Boston Buddies Rescue, instituição onde adotei meu cachorro Boogie”, explica Lili Chin. “Eu ainda doo uma percentagem das comissões a cada ano. Eu também ilustro livros e infográficos para treinadores de cães, veterinários e empresas relacionadas com cães, quando não estou trabalhando em meus próprios projetos de arte.”

Lili Chin estava pesquisando sobre raças de cães asiáticas para um projeto de ilustração e, por estar se divertindo muito, se empolgou e começou a pesquisar e desenhar raças de cães de outros países. “A internet serviu como a minha biblioteca de pesquisa de imagem e um amigo com mestrado em Ecologia, Evolução e Comportamento Animal foi consultor”, conta a desenhista.


Nota: A diversidade de raças de cães serve bem para explicar o poder da seleção (natural e artificial). Há poucas décadas, muitos dos cães retratados abaixo por Lili Chin sequer existiam, o que indica que o poder de variabilidade é grande. No entanto, apesar de tantas diferenças morfológicas, de pelagem, de cor, de comportamento, etc., todos eles continuam sendo cães. Portanto, temos aqui um bom exemplo de “microevolução”, ou diversificação de baixo nível. Agora imagine o seguinte cenário hipotético: por algum motivo (uma inundação, talvez), todos os cães fossem sepultados e fossilizados. Num futuro mais ou menos distante, pesquisadores começassem a desencavar esses fósseis – semelhantes, mas com tamanhos e formas bem diferentes e sepultados em extratos geológicos diferentes, pois os animais viviam em habitats diferentes, em locais diferentes e porque a inundação simplesmente os sepultou em profundidades diferentes. Se fossem evolucionistas, quais seriam as conclusões desses paleontólogos? Nem precisa imaginar. Você já sabe. [MB]