Exemplo de "microevolução" |
O
cachorro é um dos bichos de estimação mais comuns entre os seres humanos,
conhecido largamente como “melhor amigo do homem”. Sendo assim, esses animais
estão presentes por todo o mundo. Com a globalização, diferentes raças de
cachorro se espalharam por todo o planeta, mas não deixaram de ter suas
origens. Alguma vez você já se perguntou onde os ancestrais de seu cão viveram?
Essa pergunta foi respondida pela ilustradora Lili Chin, que criou uma série de
pôsteres chamada “Dogs of The World” (em português, “Cães de Todo o Mundo”),
que apresenta mais de 200 raças de cães classificadas por seus lugares de
origem. “Eu criei a série para me divertir. Faço retratos de animais de
estimação por encomenda há sete anos, para angariar fundos para a Boston
Buddies Rescue, instituição onde adotei meu cachorro Boogie”, explica Lili
Chin. “Eu ainda doo uma percentagem das comissões a cada ano. Eu também ilustro
livros e infográficos para treinadores de cães, veterinários e empresas
relacionadas com cães, quando não estou trabalhando em meus próprios projetos
de arte.”
Lili
Chin estava pesquisando sobre raças de cães asiáticas para um projeto de
ilustração e, por estar se divertindo muito, se empolgou e começou a pesquisar
e desenhar raças de cães de outros países. “A internet serviu como a minha
biblioteca de pesquisa de imagem e um amigo com mestrado em Ecologia, Evolução
e Comportamento Animal foi consultor”, conta a desenhista.
Nota:
A diversidade de raças de cães serve bem para explicar o poder da seleção
(natural e artificial). Há poucas décadas, muitos dos cães retratados abaixo por
Lili Chin sequer existiam, o que indica que o poder de variabilidade é grande.
No entanto, apesar de tantas diferenças morfológicas, de pelagem, de cor, de
comportamento, etc., todos eles continuam sendo cães. Portanto, temos aqui um
bom exemplo de “microevolução”, ou diversificação de baixo nível. Agora imagine
o seguinte cenário hipotético: por algum motivo (uma inundação, talvez), todos
os cães fossem sepultados e fossilizados. Num futuro mais ou menos distante,
pesquisadores começassem a desencavar esses fósseis – semelhantes, mas com
tamanhos e formas bem diferentes e sepultados em extratos geológicos
diferentes, pois os animais viviam em habitats diferentes, em locais diferentes
e porque a inundação simplesmente os sepultou em profundidades diferentes. Se
fossem evolucionistas, quais seriam as conclusões desses paleontólogos? Nem
precisa imaginar. Você já sabe. [MB]