Hadrossauro e sangue: não tão antigos |
As
duas últimas semanas não foram nada fáceis para os defensores da teoria da
evolução. Duas novas descobertas divulgadas na mídia se somaram às muitas evidências
que desafiam o modelo evolutivo. A primeira, que na verdade nem se trata de uma
novidade, foi publicada em forma de nota no site da revista Superinteressante (até porque esperar
uma capa sobre o assunto seria demais). Trata-se da descoberta de que o
apêndice tem função em nosso corpo. Segundo a nota, a “explicação tradicional” era
de que o apêndice seria “uma redundância que a evolução esqueceu dentro de
nós”. Uma espécie de “órgão vestigial” dos supostos milhões de anos de
evolução, mutações, seleção natural e adaptações. Só que microbiólogos
australianos e franceses concluíram que o órgão é fundamental no papel de
povoar o sistema digestivo com bactérias que colaboram com o nosso sistema
imunológico, nos defendendo de infecções. Resumindo: o apêndice tem, sim,
função e não tem nada a ver com a lenda dos órgãos vestigiais.
Nada
como um dia depois do outro e uma pesquisa depois da outra. Há muito tempo os
criacionistas vêm dizendo que esse negócio de “órgão vestigial” é história para
evolucionista dormir. Vários desses “resquícios da evolução” foram redefinidos
à medida que mais pesquisas foram realizadas. Esse é um bom exemplo de quando a
boa ciência derruba os mitos. E esses mitos apenas se perpetuaram por causa da
teimosia de seus defensores e da arrogância de evolucionistas que, mesmo desconhecendo
a função de um órgão, tinham coragem de afirmar que se tratava de mero
“apêndice” sem utilidade.
A
outra descoberta divulgada nesta semana dá conta de que foram encontrados vasos
sanguíneos em um fóssil de dinossauro com supostos 80 milhões de anos. Como assim?
Vasos sanguíneos poderiam ser preservados por tantos milhões de anos? Pois é.
Esse é o grande problema...
Os
vasos foram vistos pela primeira vez após a desmineralização de um pedaço de
osso da perna de um hadrossauro (Brachylophosaurus
canadensis) de nove metros de comprimento. As proteínas puderam ser
identificadas graças à moderna técnica de espectrometria de massa de alta
resolução.
Cientistas
evolucionistas preferem propor um absurdo – que proteínas e tecidos moles sejam
capazes de se manter íntegros por milhões de anos – a questionar seu modelo e
as infladíssimas datas das quais ele depende. Isso é ciência? A situação está
ficando complicada para eles, pois o aprimoramento dos equipamentos capazes de
perscrutar os fósseis está revelando detalhes inesperados.
Com
a identificação dos vasos sanguíneos e de outros tecidos moles em fósseis de
dinossauros, os cientistas só têm duas explicações possíveis: (1) ou o
sangue de dinossauro de alguma forma contradisse as expectativas e sobreviveu por
80 milhões de anos, (2) ou o fóssil de dinossauro não é tão antigo como muita
gente pensa que é, tendo, no máximo, alguns milhares de anos. Parece que a
segunda alternativa é a mais lógica. Só que nessas horas nem sempre a lógica
funciona.
Os
evolucionistas costumam usar a “Navalha de Occam” contra as
explicações que desafiam seu naturalismo filosófico, mas note que essa mesma navalha
é colocada de lado quando pode ser usada contra os mitológicos “milhões de
anos”. Se foi encontrado material orgânico que tem aparência jovem, então a
explicação mais direta e simples é a de que esse material é de fato jovem.
Vamos
ver quem vai vencer desta vez: a fé ou os fatos...
Michelson Borges