Em um mundo que se originou ao acaso, onde, no início, havia
apenas matéria morta, e onde forças físicas juntaram essa matéria ao acaso de
um modo tão particular que agora ela se move ao redor de si mesma, os conceitos
de “certo” e “errado” são ficções sem sentido. É claro, deve haver uma forma
objetiva de viver para essa coleção de moléculas que chamamos “humanos” que lhes
possibilite viver mais ou maximizar seus sentimentos prazerosos, mas
certamente não existe a obrigação de fazê-lo (viver mais tempo
ou ter sentimentos de prazer não são coisas que devem ser
feitas; elas são meras possibilidades). Obrigação requer um Doador Pessoal de
Regras a quem estamos moralmente obrigados, que nos responsabilizará por essa
obrigação. Sem obrigação, sem um padrão objetivo mais elevado para como as
coisas deveriam ser, sem uma mente acima e perante nós,
não há propriamente um “certo” e um “errado”. Há meramente coisas que você
escolhe fazer ou não, de acordo com a sua preferência.
Neste mundo, quem é você para julgar as preferências dos outros?
Se alguém começa com o materialismo ateísta, relativismo é a conclusão lógica.
E, ainda assim, constatamos que esse relativismo não corresponde ao que
apreendemos ser verdade sobre aspectos morais da realidade. Do livro de Greg sobre relativismo: “Dado um padrão particular de moralidade, a
pessoa mais moral é aquela que pratica consistentemente a regra moral principal
de um sistema específico... A qualidade do herói moral – aquele que vive o mais
próximo do ideal – indica a qualidade moral do sistema. Que tipo de campeão moral o relativismo
individual produz? O que é o melhor que o relativismo tem a oferecer? Como
chamamos aqueles que mais perfeitamente aplicam os princípios do relativismo,
não se importando com as ideias dos outros de certo ou errado, aqueles que não
são movidos pelas noções dos outros de padrões éticos e, ao contrário, consistentemente
segue a batida da sua própria bateria moral?
“Em nossa sociedade, temos um nome
para essas pessoas, elas são o pior pesadelo de um investigador de homicídios.
A excelência relativista é o sociopata, alguém sem consciência. Isso é o que o
relativismo produz. Algo está
terrivelmente errado com um alegado ponto de vista moral que produz um
sociopata como sua estrela mais brilhante.”
Se não há nenhum vínculo moral mais elevado do que o indivíduo,
então até mesmo o sociopata é moral. E colocar o padrão na sociedade ao invés
de no indivíduo não o tira dessa confusão. Se não há nenhum comprometimento
moral mais elevado do que a sociedade – se o padrão moral é a
comunidade –, então, até mesmo a Alemanha Nazista foi moral. Pelo menos aqueles
que concordaram com os nazistas eram morais. Qualquer alemão que lhes resistisse
estava sendo imoral. E quem é você (ou qualquer outro país) para dizer que a
Alemanha estava errada?
O relativismo é uma confusão, não importa a maneira como você
olha para ele. Qualquer visão de mundo que não tem a capacidade de explicar o
que sabemos ser verdade – de que existem fatos morais objetivos,
independentemente se um indivíduo ou uma sociedade inteira os rejeite – é
devastadoramente deficiente.