Como foram parar lá? |
O
que as pessoas não sabem é que cerca de uma dúzia de diferentes tipos de marsupiais
básicos vivem, além da Austrália, na Papua-Nova Guiné e na Indonésia. Além dos
cangurus australianos, existem os cangurus arborícolas presentes na Nova Guiné.
Como eles ficaram isolados nesses locais? Os evolucionistas insistem que eles
evoluíram lá, há milhões de anos,[1, 2] mas certos fósseis sugerem uma resposta
diferente. Marsupiais incluem grupos de cangurus e coalas, além dos menos
conhecidos como os bettongs e toupeiras marsupiais. Em vez de se desenvolverem
em úteros, seus filhotes crescem dentro de uma bolsa de pele da mãe chamada marsúpio.
Que evidência convenceu os pesquisadores de que os marsupiais evoluíram de um
único antepassado marsupial na Austrália ou Nova Guiné ao longo de milhões de
anos?
Seja
qual for a resposta, não são fósseis, que mostram exatamente o oposto dessa
história evolutiva. Os menores e os mais antigos fósseis marsupiais encontrados
no sistema de rochas do período Cretáceo “são exclusivamente da Eurásia e da
América do Norte”.[3] Se os marsupiais australianos evoluíram na
Austrália, então por que seus supostos ancestrais foram enterrados no hemisfério
oposto (hemisfério norte)? E por que o “mais antigo” fóssil marsupial, que
parece notavelmente com um gambá, vem da China?[4] Uma revisão de 2003 admitiu
que “esse interruptor geográfico permanece inexplicado”.[3]
A
fim de contornar esse problema, um estudo afirmou que os cangurus evoluíram na
China e migraram por meio da América para Austrália e a Antártida;[5] além
disso, a mesma pesquisa sugeriu que os cangurus são geneticamente semelhantes
aos humanos. Outro estudo sugeriu que os característicos coalas, cangurus e
gambás da Austrália teriam dividido um [suposto] ancestral comum americano. Os
cientistas elaboraram uma árvore genealógica baseada no DNA e sugeriram que uma
única espécie de marsupial ancestral se originou na América do Sul (quanto fazia
parte do supercontinente de Gondwana) e se dirigiu rumo à Austrália.[6]
Mas
o que é pior para este conto é que os fósseis de mamíferos placentários aparecem
nos depósitos australianos do Cretáceo. A Austrália tem mantido há muito tempo suas
populações marsupiais, e com pouquíssimos placentários. No entanto, a partir da
observação da localização dos fósseis, os marsupiais deveriam ter evoluído fora
da Austrália e os placentários é que deveriam ter evoluído na Austrália – o oposto
da história evolutiva.
Em
geral, os fósseis não mostram nenhuma evidência para a evolução marsupial. Observamos
tanto marsupiais quanto placentários completamente formados. Uma vez que os
fósseis marsupiais aparecem apenas onde os marsupiais não vivem hoje, eles
devem ter se mudado (migrado). Mas onde e quando isso teria ocorrido?
Nenhum
cientista criacionista ou evolucionista estava lá para observar e gravar quando
os marsupiais realmente chegaram à Austrália, então ambos devem apenas sugerir
e testar hipóteses. Evolucionistas sugerem que marsupiais do Cretáceo foram
extintos com os dinossauros, apenas para a evolução substituí-los com
duplicatas exatas milhões de anos depois na Austrália! É como se um gambá evoluísse,
fosse extinto, então forças naturais fossem criando virtualmente a mesma
criatura uma segunda vez. Muito imaginativo, mas não muito científico.
Felizmente,
um cenário favorável à Bíblia explora os fósseis sem recorrer a histórias de evolução.
O modelo criacionista diz que os marsupiais do “cretáceo” morreram no dilúvio
de Noé. Eles devem ter vivido em regiões pré-diluvianas que, devido a eventos
relacionados ao dilúvio, se separaram em áreas menores conhecidas hoje como
América do Norte, Europa e Ásia.[7] O relato da testemunha bíblica ocular
do dilúvio garante aos leitores que dois de cada animal que habitava na terra e
que respirava ar entraram na Arca de Noé.[8] Isso inclui cangurus, coalas,
tilacinas e therizinossauros.
Os
eventos associados ao dilúvio teriam dado origem à época do gelo (clique aqui e
saiba mais),
que teria durado vários séculos.[9] Naquela época, o nível do mar era cerca de 100
metros mais baixo do que é hoje.[10] Os mares mais baixos proporcionavam pontes
terrestres entre muitas das ilhas modernas.[11] Animais e homens podiam
literalmente caminhar desde as montanhas do Ararat (local onde a Arca de Noé
pousou) até a Nova Guiné. Alguns poderiam ter sido transportados em detritos da
tempestade ou nadado de ilhas como Nova Guiné para a Austrália.[12] Mas a
hipótese mais razoável é que os marsupiais conseguiram realmente migrar
enquanto o gelo do mundo estava solidificado e o nível do mar ainda estava mais
baixo; o derretimento do gelo no final da época do gelo aumentou o nível do mar
o suficiente para isolá-los em terras antigas de ponte terrestre que se
tornaram ilhas.[13]
Conforme
explica o naturalista Harry Baerg, “a água resultante do degelo fez com que o
nível do mar subisse e algumas pontes de terra (estreito de Beringher e
Australásia) que existiam durante o período glacial, submergiram” [14: p. 70].
Isso explicaria o fato de alguns grupos de animais como, por exemplo, os
cangurus terem ficado ilhados na ilha continental australiana.
Mas
quais seriam as evidências de que os cangurus migraram desde o local onde a
Arca de Noé parou (conhecido atualmente como Turquia) até a Austrália, região onde
teriam ficado isolados tempos depois? As evidências se encontram no fato de que
alguns cangurus ficaram no meio do caminho e não conseguiram chegar até a
região da Austrália. Os fósseis de cangurus encontrados em distintas regiões do
planeta nos dão indícios de que eles ficaram no “meio” desse caminho. Além disso,
como falamos no início deste texto, alguns cangurus arborícolas, tais como os
cangurus-arborícolas-de-goodfellow, os wallabies e os pademelon, que vivem na
Nova Guiné, e os tenkile e o canguru-de-manta-dourada, da Indonésia,
prosperaram, portanto, em outras regiões antes que alguns exemplares chegassem
até seu destino final (Austrália).
Ademais,
é interessante pensarmos no porquê de os cangurus terem se dirigido rumo à
Austrália. Alguns criacionistas desenvolveram a hipótese de que talvez eles
estivessem apenas retornando ao seu local de origem, uma vez que antes do
dilúvio existia apenas um único continente não fragmentado.[15] Mas como eles
teriam reconhecido o caminho de volta? A ideia é que eles retornaram ao seu
território nativo por meio de uma direção “especial”, ou seja, por meio de
instintos de localização (GPS biológico), como os que se observam em pássaros,
peixes, insetos e outros animais migratórios.
Mas
o que podemos de fato observar é que cangurus e coalas não evoluíram na
Austrália. Eles simplesmente não evoluíram. Deus os fez marsupiais desde o
início. Muitos deles morreram junto com dinossauros e outras criaturas durante o
dilúvio. Aqueles que sobreviveram ao dilúvio na Arca tiveram descendentes que
podem ter migrado à frente de muitos mamíferos placentários. Eles provavelmente
chegaram à Austrália antes que o aumento dos níveis do mar interrompesse os
placentários de continuar a jornada até o fim do caminho. Essa solução se
encaixa nas observações fósseis e nas Escrituras.
(Texto adaptado do original
Thomas [16] por Everton Alves)
Referências e notas:
[1]
Janis CM, et al. Locomotion in
Extinct Giant Kangaroos: Were Sthenurines Hop-Less Monsters? PLoS
One. 2014;9(10):e109888.
[2]
Butler K, Travouillon KJ, Price GJ, Archer M, Hand SJ. Cookeroo, a new genus of
fossil kangaroo (Marsupialia, Macropodidae) from the Oligo-Miocene of
Riversleigh, northwestern Queensland, Australia. Journal of Vertebrate
Paleontology. 2016; 36(3):e1083029.
[3]
Cifelli RL, Davis BM. Marsupial Origins. Science. 2003;302(5652):1899-1900.
[4]
Luo ZX, et al. An Early Cretaceous Tribosphenic Mammal and Metatherian
Evolution. Science. 2003;302(5652):1934-1940.
[5]
Kangaroos similar to humans, claim Australian researchers. Telegraph
(18/11/2008). Disponível em: http://www.telegraph.co.uk/news/science/3477482/Kangaroos-similar-to-humans-claim-Australian-researchers.html
[6] Nilsson MA, et al.
Tracking Marsupial Evolution Using Archaic Genomic Retroposon Insertions. PLoS
Biol. 2010 Jul 27;8(7):e1000436.
[7]
Clarey T. Hot Mantle Initiated Ocean and Flood Beginnings. Acts & Facts.
2013;42(8):15.
[8]
"[Gênesis 10: 1] diz respeito à quarta geração do livro de Gênesis
(anteriormente observado em Gênesis 2: 4; 5: 1 e 6: 9), presumivelmente
marcando as assinaturas de Sem, Cam e Jafé após completar sua narrativa do
Dilúvio e os anos pós-dilúvio imediatos. Ver: Morris H. The Henry Morris Study
Bible. Green Forest, AR: Master Books, 2012, p.45.
[9]
Hebert J. Was There an Ice Age? Acts & Facts. 2013;42(12):20; ver também:
“Alves EF. A era do gelo: uma perspectiva bíblico-científica. NUMAR-SCB
(31/10/2016). Disponível em: https://numar.scb.org.br/artigos/era-do-gelo-uma-perspectiva-biblico-cientifica/
[10]
Gomitz V. Sea level rise, after the Ice Melted and Today. Science Briefs. Goddard
Institute for Space Studies da NASA (10/01/2007). Disponível em: https://www.giss.nasa.gov/research/briefs/gornitz_09/
[11]
Clarey T. The Ice Age and the Scattering of Nations. Acts & Facts.
2016;45(8): 9.
[12]
Mesmo os evolucionistas há muito invocaram a migração em esteiras de detritos
flutuantes para explicar o transporte de animais para as ilhas. Tipos de
plantas similares em diferentes continentes, florescendo bem onde as correntes
oceânicas os levariam, apoiam o transporte
[13]
Possivelmente, marsupiais e placentários competiram fora por recursos, assim os
marsupiais continuaram a migrar para os habitats com menos competição.
[14]
Baerg HJ. O mundo já foi melhor. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1992.
[15]
Gibson LJ. Patterns of mammal distribution. Manuscrito não publicado,
distribuído pelo Geoscience Research Institute, Loma Linda University, Loma
Linda, CA.
[16]
Thomas B. Why Do Kangaroos Live Only in Australia? Acts & Facts. 2017;
46(2):20.