Vai uma carne podre aí? |
Dentre
as irregularidades investigadas pela Operação Carne Fraca, da Polícia
Federal (PF), estão a liberação de lotes de carne estragadas, contaminadas com
bactérias e com utilização de produtos cancerígenos. A operação é a maior da
história da PF e foi deflagrada na manhã desta sexta-feira, apurando
irregularidades na fiscalização de frigoríficos. Em nota, a Polícia Federal informou que aproximadamente 1.100
policiais federais estão cumprindo 309 mandados judiciais, sendo 27 de prisão
preventiva, 11 de prisão temporária, 77 de condução coercitiva e 194 de busca e
apreensão em residências e locais de trabalho dos investigados e em empresas
supostamente ligadas ao esquema. Essa é a maior operação policial da história
da PF.
Segundo
decisão da justiça, a veterinária da Peccin Industrial Ltda – empresa envolvida
nos casos investigados – relata “a utilização de carnes estragadas na
composição de salsichas e linguiças, a ‘maquiagem’ de carnes estragadas com a
substância cancerígena ácido ascórbico, carnes sem rotulagem e sem
refrigeração”.
A
Polícia Federal também interceptou conversa entre dois integrantes do
Ministério da Agricultura falando sobre a transferência de uma fiscal que teria
encontrado problemas de infecção com a bactéria Salmonella em
lote da empresa Rio Verde e tomava medidas para fechar essa unidade de
produção.
(Veja.com)
Nota 1: Grandes marcas como a Friboi, a Seara e a Swift estão envolvidas nas investigações. Clique aqui para conferir. E o delegado disse que toda a carne consumida no Brasil está sob suspeita (confira). A carne boa já tem coliformes fecais (confira).
Nota 2: O aviso foi dado há mais de cem anos: “A carne nunca foi o alimento
melhor; seu uso agora é, todavia, duplamente objetável, visto as moléstias nos
animais estarem crescendo com tanta rapidez. [...] Quando os que conhecem
a verdade tomarão atitude ao lado dos princípios corretos para o tempo e a
eternidade? Quando serão fiéis aos princípios da reforma de saúde? Quando
aprenderão que é perigoso usar alimentos cárneos? Estou instruída a
dizer que, se em algum tempo foi seguro comer carne, não o é agora” (Ellen G.
White, Conselhos Sobre o
Regime Alimentar, p. 384).
Neste
mundo de alta produção e alto consumo, com preocupação excessiva com a
lucratividade, com fiscalizações ineficientes, o que garante a boa procedência
de produtos perecíveis e altamente contamináveis como a carne? Quem quiser
continuar comendo é por sua conta e risco.