Luana ia à igreja adventista com a avó |
A
atriz Luana Piovani disse ontem em um vídeo no Instagram que, quando criança, frequentava a Igreja
Adventista do Sétimo Dia com a avó, na cidade de Jaboticabal, SP. Disse também
que guardava o sábado. “Eu sou evangélica. Fui criada
sobre os preceitos da Igreja Adventista do Sétimo Dia. A minha avó era
fervorosa. Nós íamos ao culto em Jaboticabal e era maravilhoso. Final de
semana, eu ficava na salinha com as crianças, e a gente tinha aula de evangelho
e teatrinho. E nos dias de semana eu ia ao culto com a minha avó”, conta ela, e
completa: “Deus é amor.” Ela disse também
que devolvia o dízimo e dava ofertas para a igreja. “Quando eu comecei a
trabalhar, aos 14 anos, eu mandava dízimo para a minha igreja. Eu dava bem
pouquinho, ganhava pouquinho, e quando eu visitava a igreja, eu via o retorno,
uma pintura nova, um bebedouro novo, um filtro novo...”
No mesmo vídeo ela critica líderes religiosos que lidam de maneira
irresponsável com o dinheiro dos fiéis: “E você acha que as pessoas ficam
milionárias como, gente? Que Deus manda sacola de dinheiro para a porta delas?
Não! É o dízimo exagerado e extorquido que eles exigem das pessoas com a
lavagem cerebral. Mas só para deixar claro: existem muitos pastores evangélicos
que não fazem parte disso. Como em todos os lugares, existe sempre uma banda
podre.”
As palavras de Luana fazem pensar no texto de Provérbios 22:6,
segundo o qual devemos ensinar à criança o caminho em que ela deve andar, pois,
mesmo quando crescer, ela não se desviará dele. Luana não pertence à Igreja
Adventista, mas note como os ensinamentos que ela recebeu na infância e o
exemplo da avó adventista falam alto ainda hoje. São lembranças que a
acompanham e um bom testemunho que a faz diferenciar uma igreja séria das
lideradas por “lobos em pele de ovelha”, ou “banda podre”, como ela disse.
Comparando a maneira como três veículos de comunicação noticiaram
as declarações de Luana, pude constatar mais uma vez algo lamentável na
imprensa que se preocupa demais em atrair leitores, custe o que custar: a
manipulação somada ao sensacionalismo.
O portal Terra estampou o título: “Evangélica, Piovani conta que dava o dízimo e critica
pastores.” Se só tivesse lido essa chamada, o que você seria levado a concluir?
Que a atriz “dava” o dízimo para os mesmos pastores que criticou, o que é
falso. Ela disse que devolvia o dízimo feliz na Igreja Adventista justamente
por ver que o dinheiro era bem empregado. Os líderes religiosos que ela criticou são os
da “banda podre”, com a ressalva de que nem todos os pastores são desse tipo.
O Observatório da Televisão publicou: “Luana Piovani revela
que é evangélica e afirma: ‘Realmente existe uma banda podre.’” Menos pior que
o Terra, mas ainda focalizando o assunto da “banda podre”, dando a impressão de
que o vídeo de Luana se trata de uma espécie de denúncia de quem esteve no
“lado de lá”, quando, na verdade, a tônica do vídeo é mais positiva do que
negativa.
Já
o Extra embolou ainda mais: “Luana Piovani revela que é evangélica e que dava dízimo
para igreja: ‘Deus é amor.’” Não fica a impressão de que ela “dava” o dízimo
para a igreja Deus é Amor?
Como
a mídia secular via de regra procura criticar as igrejas evangélicas, os três
veículos acima dão destaque ao aspecto negativo da fala da atriz, usam também
de maneira negativa algo que ela falou de forma elogiosa (o uso do dízimo pela
Igreja Adventista) e tentam reforçar um estereótipo fazendo a atriz dizer o que
ela não disse: que todas as igrejas evangélicas extorquem seus membros.
Mas
vamos ficar com o que é bom; com a lição que podemos extrair de tudo isso: é
importante tratar bem todas as pessoas que vêm às nossas igrejas; tratar com carinho e respeito as crianças e procurar ensinar-lhes com dedicação as
verdades da Bíblia. Devemos crer que, ainda que essas pessoas não se tornem
membros da igreja, os ensinamentos que tiverem recebido as acompanharão por
toda a vida, como sementes plantadas em terra fértil e que um dia, não sabemos
como nem quando, hão de germinar.
Como cristãos, devemos sempre permitir que Deus atue na vida das pessoas e não nos preocupar tanto em rotular se elas pertencem à igreja a, b ou c. Devemos orar mais e rotular menos.
Como disse a Luana acertadamente: Deus é amor. [MB]
Como cristãos, devemos sempre permitir que Deus atue na vida das pessoas e não nos preocupar tanto em rotular se elas pertencem à igreja a, b ou c. Devemos orar mais e rotular menos.
Como disse a Luana acertadamente: Deus é amor. [MB]