Especialistas
em pedagogia e psicologia explicam que os brinquedos têm papel importante no
desenvolvimento cognitivo de uma criança em diferentes idades e de diferentes
maneiras. Há quem pense que os brinquedos passam indiferentes pelos pequenos,
mas é um engano. Por isso, o tipo de brinquedo adotado por um menino ou menina
vai influenciar seu comportamento. E isso me leva a pensar em que tipo de
bonecas (para usar um exemplo apenas) está nas mãos e no imaginário das
garotinhas hoje. Segundo reportagem da revista Exame, em publicação online
do dia 17 de abril de 2013, a franquia da marca Monster High aumentou
em 50% o portfólio de bonecas da linha trazidas ao Brasil no segundo semestre
de 2012. De maneira geral, a divisão da qual a Monster High faz parte
registrou crescimento global de 56% durante os três primeiros meses deste ano.
Mas o que é Monster High e, o mais importante, que conceitos estão
por trás dessa linha de bonecas?
É
preciso frisar que não se trata apenas de uma linha de bonecas com vendas em
franca ascensão. Monster High é uma franquia multiplatafórmica
composta de brinquedos, DVD, série na web, vídeos de música, videogames, livros, acessórios de
vestuário e muito mais. Ou seja, é uma série de estímulos audiovisuais que
inevitavelmente vai levar avante um ou mais conceitos que influenciarão o
desenvolvimento de crianças, especialmente meninas na faixa etária específica
que se pretende alcançar com esses produtos.
Não
vou comentar sobre questões como consumismo e sensualismo, que também estão
presentes em muitos produtos voltados para crianças. Comentários dessa natureza
exigiriam um artigo específico. Vou me deter no fato de que a marca Monster
High, que aqui figura como um exemplo apenas (pois há mais do mesmo e muito
ainda se produzirá), é caracterizada predominantemente por apresentar
personagens inspirados em filmes de monstros e terror. São monstrinhos mesmo,
zumbis do estilo mortos-vivos e há personagens que são boneco de Vodu e existe
até uma espécie de menina vampira.
Com
total respeito às diferentes crenças religiosas ou míticas que existem e aos
que creem assim, o enfoque aqui é comparar os conceitos dos produtos com o que
ensina a Bíblia Sagrada, livro essencial do cristianismo. Os zumbis são
tradicionalmente conhecidos como criaturas fictícias relacionadas a mortos
reanimados ou seres humanos que não são dotados de razão. A Bíblia ensina,
tanto para crianças quanto para adultos, que as pessoas são mortais, ou seja,
estão sujeitas à morte por causa do pecado (Romanos 6:23). Além disso, na morte
não há consciência do mundo dos vivos (Eclesiastes 9:5,6 e outros textos) e a
comparação mais clara da condição da morte foi a do sono, feita por Jesus (João
11: 11). É por isso mesmo que Deus disse ao povo de Israel que não se voltasse
ou considerasse os que diziam consultar os mortos para saber algo neste mundo
(Deuteronômio 18:11).
Sobre
o personagem representado por um boneco de Vodu, é necessário ressaltar um
aspecto antibíblico aí presente. Esse personagem não tem mente própria, o que
contraria totalmente o preceito bíblico de seres humanos que conscientemente
adoram a Deus (Romanos 12:1, 2 e outros textos) e cuja mente não pode ser
controlada por outros.
E
o conceito de vampiros e vampirismo? Certamente
vai de encontro ao que está claro no Livro Sagrado do cristianismo. Vampirismo,
em sua origem, é muito mais do que a lenda popularizada em filmes e livros,
feitos para vender. Tem relação direta com indivíduos que supostamente se
alimentam de sangue das pessoas e com crenças sobre mortos que atuam no mundo
dos vivos e geralmente praticam ações ruins contra as pessoas. Ocultismo e
misticismo são os ingredientes principais; dois aspectos que se chocam
frontalmente com o preceito bíblico de exemplos aprovados por Deus de pessoas
que fazem o bem ao próximo, não bebem sangue humano nem possuem uma vida
encoberta por mistérios nem escuridão ou trevas. Como disse Cristo, no registro
bíblico de João 3:21, “mas quem pratica a verdade vem para a luz, para que
se veja claramente que as suas obras são realizadas por intermédio de Deus”.
Esses
aspectos, aqui apresentados, de maneira rápida e sucinta, são suficientes para
se levar à reflexão sobre o tipo de influência que esse tipo de mensagem tem na
mente de uma criança. Principalmente se essa criança receber ensinamentos
cristãos que irão, em curto espaço de tempo, gerar um paradoxo em sua mente.
Contradições que podem levá-la a dificuldades na tomada de decisões no futuro.
Coerência é o caminho mais seguro. Ensino bíblico não coaduna com bruxaria,
vodu, vampirismo, zumbis e tudo o que envolve produtos como Monster High. Parece
brincadeira, mas não é.
(Felipe Lemos,
Realidade em Foco)