Aos
18, ela virou atriz pornô. Aos 21, aposentou-se da “indústria” como um mito.
gora, aos 25, lança seu primeiro romance [Juliette
Society]. Ela é Sasha Grey, nome artístico de Marina Ann Hantzis. [...] O
livro descreve a tal [...] uma organização ultrassecreta na qual poderosos se
reúnem para fazer grandes orgias. [...] A atriz, que virou um dos nomes mais
conhecidos do cinema adulto, diz que o começo foi duro: “Eu era rejeitada por
não ter seios cinematográficos.” A reputação de topa-tudo, porém, abriu portas.
Ganhou dinheiro, fama e prêmios, entre eles, três AVN, considerado o Oscar do
pornô. Também colecionou críticas, principalmente de feministas, que a veem
como uma agente de propaganda da exploração feminina e da violência sexual. [...]
Hoje em dia, além de escritora, Sasha é ativista pelos direitos dos gays e das
mulheres e diz que sua prioridade é “lutar pela educação infantil”.
Poucos
meses depois de anunciar oficialmente a aposentadoria – em 2011, dois anos
depois do último filme pornô –, ela foi voluntária de um programa nacional de
leitura para crianças, em uma escola. Recebeu tamanha enxurrada de críticas
que, depois de apenas uma sessão de leitura, desistiu de continuar. “Pessoas de
fora da escola pressionaram o diretor. Isso me deixa muito triste: o poder do
medo.”
Medo
que ela não teve ao deixar para trás uma legião de fãs desiludidos. “Mas não se
preocupem, não encontrei Jesus”, ironiza. “Foi só o momento perfeito para seguir
em frente enquanto ainda estou por cima.” Ainda lê para crianças, “mas só as da
família”. [...]
Nota:
Infelizmente, Sasha se esquece de que não bastam palavras para influenciar
crianças para o bem. A vida e o exemplo falam mais alto. Cada vez mais a
pornografia se aproxima do universo infantil, e pessoas como Sasha, que não se
arrependem do que fizeram e ainda por cima glamourizam o sexo promíscuo, dão
sua parcela de contribuição para normalizar o anormal. “Não encontrei Jesus”,
diz ela, com ironia. O que encontrou, então? O “prazer” de ser usada por
inúmeros homens em frente às câmeras e atrás dela, pelos empresários do sexo? O
deslumbramento da fama momentânea de escritora catapultada por uma legião de
leitores voyeurs que, como os
consumidores dos 50 Tons, querem abandonar (ainda que por
alguns momentos) sua vida insossa para viver as tórridas aventuras de quem
transformou o sexo em negócio e técnica? O que ela pretende oferecer às
crianças? E quando essas crianças forem pesquisar na internet alguma coisa a
mais sobre a “tia” que lê para elas? Imitadoras de modelos que lhes atraem a
atenção, o que elas acharão das “atividades” de sua ídolo que não se arrepende
de nada do que fez antes da “aposentadoria”? É uma pena que Sasha ainda não
tenha compreendido que quem encontra Jesus tem tudo, mas quem O rejeita perderá
tudo. Ela é jovem ainda. Tomara que tenha tempo de reconsiderar e tomar a
decisão que suas ex-colegas de filmes tomaram (confira aqui, aqui e aqui).[MB]