Não chega aos pés do original |
Um
supercomputador japonês fez a simulação mais precisa da atividade cerebral
humana já realizada. A máquina precisou de 40 minutos para calcular o
equivalente a 1 minuto do que acontece no cérebro humano. Os pesquisadores
utilizaram o K, considerado o quarto computador mais potente do planeta, para
simular a atividade do cérebro humano. O computador tem 705.024
processadores e 1,4 milhão de GB de memória RAM, mas ainda precisou de 40
minutos para processar as informações de um segundo da atividade cerebral. O
projeto, realizado pelo grupo de pesquisa japonês RIKEN, a Universidade de
Ciência e Tecnologia de Okinawa e o Forschungszentrum Jülich, um centro de
pesquisa interdisciplinar alemão, foi a maior simulação da rede neural já
realizada. Ele usou a ferramenta de código aberto Neural Simulation Technology
(NEST) para reproduzir uma rede equivalente a 1,73 bilhão de neurônios unidos
por 10,4 trilhões de sinapses.
Apesar de gigantesca no
tamanho, a reprodução representa apenas 1% da rede neural no cérebro humano.
O objetivo do projeto, mais do que realizar novas descobertas sobre o órgão,
era testar os limites da tecnologia de simulação e as capacidades do computador
K.
Os
pesquisadores foram capazes de obter informações que irão ajudar na construção
de um novo software de simulação. A
pesquisa também irá oferecer a neurocientistas uma prévia do que poderá ser
conseguido no futuro com a próxima geração de computadores, que irá usar os
chamados processos de exoescala.
Os
computadores de exoescala conseguem realizar um quintilhão de operações de
pontos flutuantes por segundo, capacidade considerada equivalente à do cérebro
humano. Espera-se que, com essas máquinas, a ciência consiga realizar uma
simulação em tempo real da atividade cerebral.
A
Intel afirma que planeja lançar até 2018 um computador que consiga realizar
processos de exoescala. “Se computadores de petoescala como o K são capazes de
reproduzir 1% da rede de um cérebro humano, acreditamos que será possível
reproduzir todo o cérebro, com todos os seus neurônios e sinapses, com
computadores de exoescala”, afirmou Markus Diesmann, um dos cientistas do
projeto.
(Exame)
Nota:
Três centros de pesquisas com tecnologia de ponta, muitos pesquisadores bem
inteligentes e grande soma de dinheiro foram necessários para tentar imitar (muuuuuito
de longe) a capacidade de processamento de um órgão ultracomplexo que surgiu
por acaso... [MB]