Curando feridas do passado |
O
papa Francisco continua quebrando paradigmas católicos e anunciou que em junho
fará uma visita a uma importante igreja evangélica do norte da Itália. A
assessoria de imprensa do Vaticano informou que o pontífice católico estará em
visita oficial na cidade de Turim, em 21 e 22 de junho, e que no último dia de
sua agenda pastoral está programada sua participação em um culto evangélico em
um templo da Igreja Valdense, localizado no centro da cidade piemontesa. É a
primeira vez que um papa visita uma igreja valdense. É um gesto que segue a
linha de diálogo ecumênico de Francisco com outras comunidades cristãs, segundo
o site católico Aleteia. O
arcebispo de Turim, monsenhor Nosiglia, disse que a “visita aos valdenses é um
gesto muito importante e se inscreve no estilo aberto e ecumênico do papa
Francisco”. Não é surpresa, conhecendo a história do arcebispo de Buenos Aires,
Jorge Mario Bergoglio, que já mantinha boas relações com a Igreja Valdense do
Rio da Prata.
Nota: O papa Francisco continua surpreendendo
em seus esforços para construir um consenso ecumênico entre (quase todos) os
cristãos. É muito significativa essa visita dele a uma igreja valdense, levando
em conta a história de perseguição e mortes promovidas pelo Vaticano contra
esses cristãos outrora defensores da verdade bíblica. De certa forma, é mais
uma ação papal no sentido de curar as feridas do passado. Veja só um trecho do
que escreveu Ellen White, no livro O
Grande Conflito, capítulo 4 (clique aqui e leia todo o capítulo 4 desse
livro revelador):
“Dentre
os que resistiram ao poder papal, os valdenses ocuparam posição proeminente. Na
própria terra em que o papa fixara a sede, as igrejas do Piemonte mantiveram-se
independentes. Chegou, porém, o tempo em que Roma insistiu na submissão dessas
igrejas. Houve alguns, entretanto, que se recusaram a ceder à autoridade do
papa ou do prelado, decididos a manter a pureza e simplicidade de sua fé. Houve
separação. Os que se apegaram à antiga fé, retiraram-se. Alguns, abandonando os
Alpes, alçaram a bandeira da verdade em terras estrangeiras. Outros se
retiraram para as fortalezas das montanhas e ali preservaram a liberdade de
culto a Deus. Sua crença religiosa baseava-se na Palavra escrita de Deus.
Aqueles humildes camponeses, excluídos do mundo, não haviam por si sós chegado
à verdade em oposição aos dogmas da igreja apóstata. Sua fé religiosa era a
herança de seus pais. Lutavam pela fé da igreja apostólica. ‘A igreja no
deserto’, e não a orgulhosa hierarquia entronizada na grande capital do mundo,
era a verdadeira igreja de Cristo, a depositária dos tesouros da verdade que
Deus confiara a Seu povo para ser dada ao mundo.”