domingo, março 29, 2015

Papa assistirá a um culto dos valdenses

Curando feridas do passado
O papa Francisco continua quebrando paradigmas católicos e anunciou que em junho fará uma visita a uma importante igreja evangélica do norte da Itália. A assessoria de imprensa do Vaticano informou que o pontífice católico estará em visita oficial na cidade de Turim, em 21 e 22 de junho, e que no último dia de sua agenda pastoral está programada sua participação em um culto evangélico em um templo da Igreja Valdense, localizado no centro da cidade piemontesa. É a primeira vez que um papa visita uma igreja valdense. É um gesto que segue a linha de diálogo ecumênico de Francisco com outras comunidades cristãs, segundo o site católico Aleteia. O arcebispo de Turim, monsenhor Nosiglia, disse que a “visita aos valdenses é um gesto muito importante e se inscreve no estilo aberto e ecumênico do papa Francisco”. Não é surpresa, conhecendo a história do arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio, que já mantinha boas relações com a Igreja Valdense do Rio da Prata.


Nota: O papa Francisco continua surpreendendo em seus esforços para construir um consenso ecumênico entre (quase todos) os cristãos. É muito significativa essa visita dele a uma igreja valdense, levando em conta a história de perseguição e mortes promovidas pelo Vaticano contra esses cristãos outrora defensores da verdade bíblica. De certa forma, é mais uma ação papal no sentido de curar as feridas do passado. Veja só um trecho do que escreveu Ellen White, no livro O Grande Conflito, capítulo 4 (clique aqui e leia todo o capítulo 4 desse livro revelador):

“Dentre os que resistiram ao poder papal, os valdenses ocuparam posição proeminente. Na própria terra em que o papa fixara a sede, as igrejas do Piemonte mantiveram-se independentes. Chegou, porém, o tempo em que Roma insistiu na submissão dessas igrejas. Houve alguns, entretanto, que se recusaram a ceder à autoridade do papa ou do prelado, decididos a manter a pureza e simplicidade de sua fé. Houve separação. Os que se apegaram à antiga fé, retiraram-se. Alguns, abandonando os Alpes, alçaram a bandeira da verdade em terras estrangeiras. Outros se retiraram para as fortalezas das montanhas e ali preservaram a liberdade de culto a Deus. Sua crença religiosa baseava-se na Palavra escrita de Deus. Aqueles humildes camponeses, excluídos do mundo, não haviam por si sós chegado à verdade em oposição aos dogmas da igreja apóstata. Sua fé religiosa era a herança de seus pais. Lutavam pela fé da igreja apostólica. ‘A igreja no deserto’, e não a orgulhosa hierarquia entronizada na grande capital do mundo, era a verdadeira igreja de Cristo, a depositária dos tesouros da verdade que Deus confiara a Seu povo para ser dada ao mundo.”