Palácio de Davi, em Jerusalém |
Na
semana passada, o anúncio de duas descobertas – uma arqueológica, outra
paleontológica – me chamou a atenção. A primeira é a descoberta da sala em que
Jesus foi julgado, em Jerusalém. Os arqueólogos anunciaram ter encontrado os
restos do palácio do rei Herodes ao lado do Museu da Torre de Davi. Foi nesse
local que o governador romano Pôncio Pilatos condenou Jesus à morte, segundo o
relato bíblico. As implicações do achado, divulgado pelo jornal norte-americano
Washington Post, vão muito além de
questões religiosas, conforme avaliam especialistas. Para Amit Re’em,
arqueólogo de Jerusalém que liderou a equipe de escavação há mais de uma
década, a prisão “é uma grande parte do quebra-cabeça de Jerusalém e mostra a
história da cidade de uma forma muito original e clara”. Em entrevista ao Washington Post, ele afirmou que o local
preserva um punhado de importantes descobertas de todos os séculos. Nas
paredes, há símbolos gravados por prisioneiros da resistência judaica lutando
para criar o Estado de Israel em 1940, bacias usadas para tingimento de tecidos
do período das Cruzadas e um sistema de esgoto que provavelmente pertenceu ao
palácio construído por Herodes, o Grande, o excêntrico rei da Judeia sob o Império
Romano, já morto quando Jesus foi condenado.
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