Quando
palestras ou eventos promovidos por acadêmicos, muitas vezes qualificados
pesquisadores de renome nacional e/ou internacional, docentes de universidades
públicas, são promovidos em universidades públicas para discutir o Design
Inteligente, uma teoria científica, ou o criacionismo científico, que busca na
racionalidade da ciência razões para a sua fé, toda uma galera se levanta,
majoritariamente de ateus e agnósticos, e faz uma forte campanha inquisitiva
com ameaças e denúncias de uso de dinheiro público e de universidades laicas para a propagação de supostas “crenças
religiosas”. Sites e blogs notoriamente ateus divulgam opiniões de ateus que
não raramente difamam os participantes acusando-os de “sem qualificação para
falar de ciência”, ou de desonestos e outros adjetivos pejorativos, e de não
terem convidado o outro lado para o contraponto. E não se fartam até que o
evento seja cancelado. Você certamente conhece alguns desses casos. [Isso aconteceu na Unicamp, lembra?]
Emblemático,
portanto, o evento anunciado no cartaz acima: um encontro de ateus (e
agnósticos ateus) realizado em uma universidade pública e com o
apoio/patrocínio de uma universidade pública, e com alguns palestrantes de
reputação acadêmica difícil de averiguar, mas certamente não superior à de
muitos dos palestrantes de eventos censurados, e tendo como tema evolução x criacionismo.
Ou seja, não queremos aqui promover nenhum tipo de censura, pois a TDI BRASIL
defende o livre debate acadêmico de ideias e teorias, mas fica a pergunta: Poderia
então uma universidade laica e pública apoiar/patrocinar e ceder seu auditório
para a realização de um encontro de ateus que tem como parte de seu tema o criacionismo,
enquanto esses mesmos ateus são vigorosamente contra eventos semelhantes,
quando promovidos por acadêmicos em universidades públicas sobre o mesma tema?
Ateu criticar pode, cientista teísta ou defensor da TDI apoiar não pode não?
Seriam nossas universidade públicas verdadeiramente laicas ou seriam elas, na
realidade, ateias, e apoiariam – com recursos públicos recolhidos dos impostos
de todos nós – só uma parte da sociedade restrita por uma posição filosófica e
(a)teológica? Você responde.
(Design Inteligente,
via Facebook)