sexta-feira, abril 15, 2016

Terra de esperança: história do adventismo em versos

Vou contar em três minutos / Como foi a nossa história: / Foi cheia de desafios, / Mas também foi de vitória.

Lá no Chile, houve um casal, / Uns franceses convertidos: / Ana e Claude Dessignet, / Ainda bem desconhecidos.

E dois séculos atrás, / No ano de oitenta e cinco, / Houve alguém que aceitou / A mensagem com afinco.

Foi Dupertius mais a esposa, / Que leu em uma revista, / Lá em Felícia, Santa Fé, / Com a ajuda de um batista.

A notícia de um batismo / Na Suíça, em Neuchatel, / Transformou os Peverini / Co’a mensagem lá do Céu.

Pedro que era um “romano” / E Cecília, uma valdense, / Descobriram a verdade / Com um certo ar de suspense,

Lendo a história em um jornal / Criticando o tal batismo, / Mas citava a editora / Pertencente ao adventismo.

Com a ajuda dos Rostán, / Contataram Basiléia, / Receberam outros livros. / Foi assim a epopeia.

Jorge Riffel e Maria, / Ambos vindos da Crimeia / E mais outras três famílias – / Dava quase uma assembleia –

Foram para Entre Rios / Pra falar aos Argentinos / Do evangelho de Jesus, / Pra espalhar os Seus ensinos.

Vou contar agora um pouco / Como a nova alvissareira / Atingiu o nosso povo
Nesta pátria brasileira.

Alguns russos emigraram – / Como foi na Argentina – / Para o sul de nossa pátria, / Lá em Santa Catarina.

Foi com um certo Davi Hort, / Numa humilde mercearia / Em Brusque, Santa Catarina, / Que esta história principia.

Carlos Dreefke, imigrante, / Recebeu pelo Correio, / Um pacote de revistas / Livre de qualquer custeio.

Como as coisas continuavam, / Com muita desconfiança, / Resolveu abrir mão delas / Com o medo da cobrança.

Por um tempo as encomendas / Foram bem distribuídas / Por um “colportor” bebum, / Que comprava então bebidas.

Que ironia: as mensagens / Do amor do Deus da graça / Foram dadas por tostões / Pra comprar uma cachaça!

Umas folhas Hort usava / Pra envolver mercadoria. / Dava um bom papel de embrulho / E gerava economia.

E um dia – um certo dia / Já marcado pelos Céus / Um papel de embrulho desses / Alcançou Guilherme Belz.

Uma folha da mensagem / Despertou-lhe a atenção / Quando veio embrulhando / Uma barra de sabão.

Logo ele e a esposa Johanna, / Após terem estudado, / Aceitaram a mensagem / Sobre o dia consagrado.

E assim a história mostra / Com clareza e exatidão / Que os raios da verdade / Vão vencendo a escuridão.

Quando livros são deixados / Pela mão do colportor / As sementes se antecipam / À chegada do pastor.

E assim foi na Bolívia, / No Peru, no Paraguai, / Na Argentina, no Brasil, / No Chile e no Uruguai.

Pastor Frank Westphal – / Precisamos mencionar – / Foi o primeiro pastor / A aqui vir trabalhar.

Enfrentou muitas durezas: / Frio, calor, perigos mil, / Escassez, o desconforto / Nesta terra do Brasil.

Tudo, eu sei, no Céu está / Certamente anotado / E só lá vamos saber / Do completo resultado.

Um batismo então primeiro / Nesta terra ocorreu, / Foi aqui perto da gente / Que o fato aconteceu.

Foi Guilherme Stein Jr, / No Rio Piracicaba. / E outros vieram logo após e / A história não se acaba.

Ainda há muito pela frente, / Muita história pra contar, / Muitas almas à espera / De alguém pra as resgatar.

Os pioneiros semearam, / Outros vieram pra regar / E agora cabe a nós / A colheita realizar.

Logo o Mestre vem nas nuvens / E não haverá tardança. / Vai coroar os Seus obreiros / Desta Terra de Esperança.

(Josiéli Nóbrega, Nei Matsumoto, Héber Aragão, Lília Goulart e José Newton da Silva Júnior)