Está
chegando aí mais uma animação “A Era do Gelo”, desta vez com o título “O Big
Bang” (“Collision Course”, em inglês). No primeiro filme, a sugestão de
evolucionismo é muito evidente, especialmente quando o personagem Sid vê numa
caverna de gelo sua “história evolutiva” (veja a imagem lá emaixo). Com sucesso
estrondoso, a franquia chega ao seu quinto filme, e no trailer já se pode ver claramente o deboche em relação ao
criacionismo. Diz o narrador, com voz apoteótica: “Desde os primórdios dos tempos, queremos saber
como o Universo foi criado. Um plano gloriosamente orquestrado ou algo muito,
muito mais bobo?” E o filme segue com a “versão boba”, desconsiderando a origem
“gloriosa”. Aliás, todo mundo sabe que o Big Bang, evento que dá nome à versão
brasileira da produção, é a teoria naturalista para a origem do Universo.
Versão que, via de regra, dispensa o Deus Criador e se baseia no acaso.
Não
é de hoje que as produções hollywoodianas, muitas das quais para crianças, vêm
enaltecendo e divulgando o espiritualismo, com a crença na alma imortal, e o
evolucionismo, com o consequente e natural desprezo pelo sábado da criação.
Essas ideologias compõem as duas principais facetas da grande mentira satânica
gestada no Éden e amplificada à enésima potência em nossos dias. Ambas pregam a
independência de Deus e uma suposta evolução – espiritual ou biológica –
independente de uma divindade superior. No âmago das três mensagens de
Apocalipse 14 está a doutrina da justificação pela fé, ou seja, da total
dependência humana de Deus. No âmago da mentira satânica estão a independência
de Deus (“sereis como Deus”) e as pretensas soluções humanas (“justificação”
pelas obras). Qual ideia vem sendo apregoada pela indústria cultural há muito
tempo e mais ainda neste tempo? Mas
tem outro ponto importante.
Além
da doutrinação evolucionista e espiritualista, em todas as produções
hollywoodianas o fim do mundo sempre é algo para se temer e evitar, não um
evento relacionado ao fim da dor, do sofrimento, da morte, ou seja, a volta de
Jesus. É assim em “A Era do Gelo 5” e em dezenas e dezenas de filmes
apocalípticos. Aliás, a palavra “Apocalipse” cada vez mais vem sendo associada
com algo ruim. Em “X-Men Apocalipse”, o inimigo dos mutantes e dos seres
humanos é um ser todo-poderoso que leva o nome do último livro da Bíblia, e ele
é derrotado. Em “Batman vs. Superman”, Apocalypse também é o nome do inimigo
superpoderoso que precisa ser derrotado. Apocalipse sempre é sinônimo de coisa
ruim, e pode e deve ser detido. Só que, na Bíblia, Apocalipse é a revelação de
Jesus Cristo, um livro um tanto enigmático, sim, mas que é claro para os que o
estudam e tem um desfecho feliz; um ponto final cheio de esperança, afinal,
trata da segunda vinda de Cristo e do estabelecimento do reino eterno de Deus.
E não há nada que se possa fazer para deter os planos de Deus, que são de paz
para os que os aceitam, não de destruição – a não ser para aqueles que os
rejeitam e desprezam a salvação.
Apocalipse e Apocalypse |
Somos
imortais, vamos evoluir sempre e o fim do mundo não deve e não vai acontecer. É
isso que o inimigo de Deus quer que as pessoas pensem, especialmente as
crianças, esta geração em que ele está investindo pesado e que não podemos deixar
de lado. A única maneira de enfrentar a mentira é com a verdade, mas precisamos
apresentar e viver a verdade de maneira muito mais interessante do que as
produções de Hollywood pintam suas ilusões. Quando conhecerem de fato o que
Deus tem para elas, as pessoas perceberão como a mentira é sem graça, ainda que
tenha sido dourada com efeitos especiais.
(Michelson Borges, Ciência e Religião)