Patrícia é contra chamar de normal |
Uma
fala da apresentadora Patrícia Abravanel esteve entre os assuntos mais
comentados do Twitter no começo desta semana. No programa Silvio Santos,
apresentado pelo pai dela, ela disse ser contra o fato de a homossexualidade
ser tratada como algo normal nos dias de hoje. Depois de dizer que não gostou
do filme Carol, cujo enredo aborda a
relação amorosa entre duas mulheres, Silvio perguntou aos participantes do
quadro “Jogo dos Pontinhos” se eram a favor ou contra duas mulheres se amarem
como se fossem um casal. Foi então que Patrícia, que é evangélica, disse ser
contra esse tipo de relação ser tratada como algo normal.
Ela disse diante da câmera: “Li numa revista que hoje um terço dos jovens se relaciona com pessoas do mesmo sexo. Eu acho muito um terço, mesmo sem saber se a opção deles é real. Eles experimentam. [...] Acho que o jovem é muito imaturo ainda para saber o que quer. A gente tem que afirmar que homem é homem, e mulher é mulher, entendeu? Acho que não é legal ser superliberal.”
E disse mais: “O que está acontecendo é que estão falando que tudo é normal, tudo é bonito; o jovem acaba experimentando coisas de que pode vir eventualmente a se arrepender depois. Então eu sou contra ficar propagando em rede nacional que isso é uma coisa super... eu sou contra. [...] Eu não sou contra o homossexualismo, eu sou contra falar que é normal.”
A atriz Lívia Andrade, que também participa do programa, discordou da filha do patrão. Ela disse: “Acho bonito quando duas mulheres se amam como duas mulheres. Sou a favor porque o mundo é uma coisa livre. Cada um escolhe o que quer, opção sexual, religião, e o que vai fazer da vida. Cada um com seus problemas e as pessoas tem que respeitar as escolhas.”
Patrícia Abravanel foi muito criticada nas redes sociais e chegou a ser acusada de homofóbica. Mas será que as declarações dela podem mesmo ser classificadas como homofóbicas?
Vamos
à etimologia: “homofobia” é uma palavra formada pelo pseudoprefixo homo, de homossexual, e fobia, que quer dizer medo, aversão. E
Patrícia não pareceu expressar medo, raiva ou aversão aos homossexuais. Nem
tampouco pareceu desrespeitar as escolhas das pessoas, como disse Lívia. Ela apenas
manifestou sua opinião com respeito ao estilo de vida homossexual.
Portanto,
Patrícia simplesmente está sendo coerente com sua crença, nada mais. Se ela é
evangélica e segue o que está escrito na Bíblia, não poderá defender outra
coisa a não ser o casamento heterossexual monogâmico. Está lá no Gênesis. Deus
criou homem e mulher, casou-os e ordenou que se tornassem uma só carne, ou
seja, praticassem sexo, e que procriassem, o que naturalmente somente macho e
fêmea podem fazer.
No
Novo Testamento, Jesus reafirma esse conceito de casamento, ao dizer que Deus
criou um homem e uma mulher a fim de que se tornassem uma só carne, num
relacionamento de amor e complementação física, emocional e espiritual, que não
deveria ser rompido a não ser pela morte e, em regime de exceção, pelo
adultério.
É
curioso ver cristãos defendendo a relação homossexual... Isso só é possível se
essas pessoas relativizarem o livro dos cristãos, a Bíblia Sagrada. Mas, se
deixarem de lado os preceitos do livro que, em tese, faz delas cristãs, elas
podem ainda se considerar cristãs?
Jesus
Cristo nunca defendeu a relação homossexual. Seus seguidores, como Paulo, idem.
Então como ser cristão e defender o que Cristo não defendeu? Alguns confundem o
fato de Jesus amar todas as pessoas (e todas,
obviamente, inclui os homossexuais) com a ideia de que Ele aprovaria a conduta
dessas mesmas pessoas. Jesus ama o pecador, mas não aprova o pecado.
Claro
que todos têm liberdade para viver como bem entendem, mas não para ser
incoerentes, como cristãos que se valem do relativismo para tentar normalizar o
que é, sim, anormal do ponto de vista bíblico. Não se pode servir a dois senhores,
disse o Mestre. Relativismo e verdade absoluta não se beijam. [MB]
Nota:
Teve uma ocasião em que Silvio Santos deu uma lição em sua filha evangélica. Veja
o vídeo abaixo: