A conveniência de uma ficção |
A
teoria da evolução volta e meia é tirada da manga dos prestidigitadores darwinistas
para explicar até mesmo comportamentos antagônicos como a monogamia e o adultério:
se o homem costuma pular a cerca é porque ele foi “projetado” pela evolução
para espalhar seus genes por aí (confira); se tem comportamento monogâmico, é
porque esse tipo de comportamento foi selecionado por trazer vantagens evolutivas
(confira). Se o cérebro estivesse aumentando de tamanho, isso seria evolução;
mas, como está diminuindo, isso é – adivinhe! – evolução (confira). Se entendem
que um novo órgão funcional surgiu em alguma espécie (isso com base apenas na
análise de fósseis), isso é evolução. Se a espécie perdeu alguma função
biológica, isso também é evolução (confira). Como se pode ver, a teoria da
evolução é tremendamente “elástica”, versátil, camaleônica. É uma verdadeira
teoria-explica-tudo. Mas ocorre que uma teoria que explica tudo, na verdade,
não explica nada.
A
“explicação” evolucionista da vez tem que ver com os comportamentos sexuais das
mulheres, o que alguns chamam de “fluidez sexual feminina”. Quem está propondo a
nova teoria é o Dr. Satoshi Kanazawa, da London School of Economics, que
apresentou suas ideias em um artigo na revista científica Biological Reviews e que já está causando sensação entre os
pesquisadores da área. Segundo Kanazawa, as mulheres podem ter evoluído para
serem “sexualmente fluidas”, o que significa que elas seriam capazes de mudar
seus desejos sexuais e suas identidades, de heterossexuais para bissexuais,
lésbicas e novamente heterossexuais. Mas para quê, se todo mundo sabe que a
evolução depende da reprodução, e que, portanto, comportamentos homossexuais
seriam um tiro evolutivo no pé?
A
resposta proposta pelo cientista é a seguinte: o objetivo dessa fluidez sexual
seria permitir que as mulheres tivessem relações sexuais com suas companheiras
em “casamentos” polígamos, o que reduziria o conflito e a tensão inerentes a
esse tipo de relacionamento, ao mesmo tempo em que não impediria que essas
mulheres continuassem se reproduzindo com o marido. Pronto. Resolvido o
mistério.
Kanazawa
diz que “as mulheres podem não ter orientações sexuais no mesmo sentido que os
homens. Em vez de serem hetero ou gay, o alvo da atração sexual das mulheres
pode depender em grande parte do parceiro em particular, do seu estado
reprodutivo e de outras circunstâncias”. E com essa explicação, que é pura
ficção, ele conquistou seus 15 minutos de fama científica.
Não
sei se Julian Huxley disse mesmo isto,
mas a frase é mais do que certa: “A razão de nos lançarmos sobre A Origem
das Espécies é que a ideia de Deus interfere com nossos hábitos sexuais.” Sim, a Bíblia defende a monogamia, a fidelidade, a
heterossexualidade e o casamento, e condena tudo o que se opõe a essas coisas. Mas
por que condena? Por que quer nos privar de prazer? Muito pelo contrário. Como
nosso Criador, Deus sabe o que é melhor para nós e nos orientou quanto aos
prazeres lícitos e que não deixam sequelas físicas, emocionais e espirituais. Prazeres
que nos fazem realmente bem e promovem nosso crescimento como seres humanos.
O evolucionismo serve como
uma luva na mão dos que defendem valores opostos aos defendidos pelos
criacionistas que se pautam pela cosmovisão bíblica. E no afã de justificar
seus comportamentos, os evolucionistas e os naturalistas apelam para histórias
e hipóteses sem muito fundamento, como essa proposta por Kanazawa.
Vai
um criacionista propor qualquer história para tentar explicar comportamentos,
eventos e fatos! Vai um criacionista apresentar um artigo científico que cheire
a evidência de algum relato ou princípio bíblico! Será rechaçado na hora! O
direito de contar histórias no meio científico, por mais estapafúrdias que
sejam, pertence aos evolucionistas, e só a eles.
Michelson Borges