Uma geração má |
A Bíblia diz, em Isaías 5:20: “Ai dos que chamam ao mal bem e ao bem, mal, que fazem
das trevas luz e da luz trevas.” E Ellen White escreveu há mais
de um século: “Satanás trabalhará com todo o seu poder enganador para
influenciar o coração [mente] e obscurecer o entendimento, a fim de que o mal
pareça bem, e o bem mal” (Atos dos
Apóstolos, p. 431). Uma das estratégias mais bem-sucedidas do inimigo de
Deus se chama inversão de valores.
Foi assim no Éden, quando, diante de Eva, ele distorceu descaradamente as
palavras do Criador, e continua sendo assim em nossos dias. Na verdade, está se
tornando cada vez pior, pois os meios de divulgação do engano hoje são
incrivelmente mais poderosos de que poucos anos atrás.
Há algum tempo temos visto ganhar a telinha e
a telona histórias e personagens que glamourizam o mal. As pessoas parecem não
se identificar mais com os heróis bonzinhos que fazem justiça e cumprem a lei.
Emergiram os anti-heróis que espancam, decepam, aleijam e até matam. Heróis
para os quais os fins justificam os meios, sejam quais meios forem.
Temos assistido espantados à exaltação da
maldade disfarçada de bem, do errado praticado em nome do amor, do pecado
tolerado em nome de um suposto bem maior. Coisas como magia, ocultismo e
bruxaria, claramente condenadas pela Bíblia pelo seu potencial de afastar as pessoas
de Deus aproximando-as do pai da mentira, têm sido a matéria-prima de muitas
produções cinematográficas e televisivas, para adultos e crianças –
especialmente para crianças. E nisso a Disney tem sido especialista.
Há alguns anos, a gigante do entretenimento
infantil vem se especializando na divulgação de bruxaria, ocultismo e inversão
de valores. Em “Pokahontas”, há uma seção espírita na qual a índia conversa com
um espírito numa árvore. O filme “Malévola” é carregado de conteúdo explícito
de feitiçaria e bruxaria. Em “Mulan”, o melhor amigo da personagem é um dragão
vermelho que fala com os mortos. Em “A Princesa e o Sapo”, o destaque é para a
prática satânica do vodu. E a animação “Frozen”, também cheia de magia, tem sua
musiquinha que encantou o mundo, em que Elsa canta: “Sem certo, sem errado, sem
regras para mim. Estou livre.”
A Bíblia chama os dez mandamentos de a “lei
da liberdade” (Tiago 1:25). Os que foram libertos do pecado, salvos pela graça,
são livres para amar a Deus, e esse amor se manifesta também pela obediência.
Jesus mesmo disse: “Se vocês Me amam, obedecerão
aos Meus mandamentos” (João 14:15). Quem se rebelou no Céu e
desprezou a lei de Deus? A quem interessa esse desprezo pelo código de conduta
do reino de Deus?
Quanto à magia e à feitiçaria, a Bíblia
também é muito clara: “Não permitam que se ache alguém entre vocês que queime
em sacrifício o seu filho ou a sua filha; que pratique adivinhação, ou se
dedique à magia, ou faça presságios, ou pratique feitiçaria ou faça
encantamentos; que seja médium, consulte os espíritos ou consulte os mortos. O
Senhor tem repugnância por quem pratica essas coisas, e é por causa dessas
abominações que o Senhor, o seu Deus, vai expulsar aquelas nações da presença
de vocês” (Deuteronômio 18:10-12).
Numa animação da Fox, lançada no ano passado
com o título “O Livro da Vida”, uma personagem diz o seguinte: “O mundo todo é feito
de histórias, e todas as histórias estão bem aqui, no Livro da Vida. Mas a
maior história começa no dia dos mortos. Um dia em que os espíritos passam pelo
mundo e tudo pode acontecer.”
Mais recentemente, outra produção da Disney
surpreendeu os mais atentos. Trata-se de “Os Descendentes”. Nesse caso, os
personagens principais são os filhos das mais malignas personagens de animações
da Disney, e o trailer diz: “A
próxima geração de vilões chegou”; e diz também: “Eles são os melhores quando
fazem o pior.” Só que esses são vilões carismáticos, bonitos e são os
personagens principais no enredo.
Você percebe que esta geração foi preparada
para aceitar a inversão total de valores? Foi preparada para aceitar o que Deus
detesta. Foi preparada para o último engano. Ao mesmo tempo em que o Senhor
espera que Seu povo prepare uma geração para encontrar Jesus em Sua segunda
vinda, o inimigo trabalha intensamente para separar as pessoas do seu Criador e
aproximá-las do mal, dando a ele tons de brincadeira e inocência.
Não
podemos dormir no ponto. Há um inimigo bem acordado por aí.
Michelson Borges