Estão confundindo tudo |
O
atentado terrorista do extremista muçulmano Omar Mateen está sendo usado por
ativistas para manipular a opinião pública contra os cristãos. Essa é a
constatação de David French, articulista norte-americano de linha conservadora.
“Apesar das inclinações ideológicas declaradas de Mateen para o extremismo
islâmico, alguns jornalistas liberais e comentaristas sociais estão culpando os
cristãos conservadores pelo ataque”, disse French à National Review. O mesmo vem acontecendo no Brasil, onde os
evangélicos foram associados ao tipo de extremismo que levou Mateen a matar
dezenas de pessoas na boate gay. O pastor Silas Malafaia comentou esse episódio
e criticou a parcialidade e distorção da imprensa. French afirmou que as
opiniões liberais expressadas por diversos interlocutores dão a entender que
cristãos seriam capazes do mesmo tipo de atrocidade: “O princípio parece ser
este: ‘Se você se opõe ao casamento entre pessoas do mesmo sexo ou à política
do uso de banheiros conforme a identidade de gênero, então você não pode
legitimamente lamentar as mortes de homossexuais. Você é parcialmente
responsável pelo massacre em Orlando’”, comentou. “Não importa que todas as
provas efetivas no caso apontem para motivações islâmicas extremistas a partir
de interpretações bem conhecidas e amplamente compartilhadas, como a lei
Sharia. De alguma forma, esses ‘cristãos malditos’ seriam os culpados”,
acrescentou, ironizando o raciocínio liberal que vem sendo amplamente divulgado
na mídia norte-americana.
Repudiando
esse tipo de distorção e manipulação, o articulista criticou a hipocrisia dos
seus oponentes, propondo um exercício de imaginação a respeito das
responsabilidades sobre o crime: “Isso quer dizer que Barack Obama teria sido
cúmplice do massacre, se este tivesse acontecido há quatro anos, antes que ele
mudasse publicamente sua posição sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo?
E quanto a Hillary Clinton? Ela foi contra o casamento gay até 2013”,
questionou. “O marido de Hillary [ex-presidente Bill Clinton] assinou o Ato de
Defesa do Casamento. O atirador de Orlando viveu durante anos sob governos
democratas que se opunham ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Acho que
Bill Clinton compartilha parte dessa culpa também”, ironizou.
A
crítica de French se dá pelo fato de que alguns comentaristas atribuíram aos
cristãos conservadores a responsabilidade pelo ataque por supostamente “criar
um ambiente homofóbico que estimulou o ódio de Mateen”. Um dos exemplos é o
editorial do jornal de orientação liberal The
New York Times, que classificou os mortos na boate como “vítimas de uma
sociedade na qual o ódio tem raízes profundas”.
Outro
caso de atribuição de culpa aos cristãos foi o de Chase Strangio, advogado da
entidade União pelas Liberdades Civis Americanas, que disse que a “direita
cristã [...] criou este clima anti-gay”, e não os muçulmanos: “Vocês sabem o
que é evidente – seus pensamentos, orações e a islamofobia, após criar este
clima anti-gay”, escreveu no Twitter. “A direita cristã apresentou 200 projetos
de lei anti-LGBT nos últimos seis meses e as pessoas [estão] culpando o
islamismo por isso”, acrescentou.
Em
resposta, Denny Burk, professor de estudos bíblicos na Faculdade Boyce, sugeriu
uma análise factual: “Um homem mata 49 pessoas. Ele liga para a emergência
durante o ataque, para ter certeza de que todo mundo saberia que ele é um
jihadista. E agora isso seria, de alguma forma, culpa dos cristãos?”,
questionou.
Nota 1:
Isso serve para mostrar como a opinião pública pode ser manipulada (e será
muito mais) a ponto de hostilizar quem não tem nada a ver com a história. Cristãos
não são homofóbicos pelo simples fato de discordar do “casamento” entre pessoas
do mesmo sexo. Como cristão, discordo de um monte de coisas mais, mas isso não
significa que eu odeie ou estaria disposto a ferir quem pensa diferente de mim.
Meu Mestre Jesus pregou uma mensagem que foi de encontro a um monte de
ideologias e posturas no tempo em que caminhou aqui na Terra, só que, em lugar
de matar por isso, Ele morreu pelos que O perseguiram. Ele é meu Mestre, meu
Modelo. Simples assim. Aliás, esse cenário de hostilização dos cristãos em
breve vai se afunilar contra um grupo que defende o casamento monogâmico
heterossexual e o sábado como dia de repouso, justamente porque advogam a
cosmovisão criacionista. Esse grupo será tido como “fundamentalista” (aliás, já
é considerado assim) simplesmente por levar a Bíblia a sério e se pautar por
suas doutrinas. Por um motivo ou pelo outro, acabarão mal vistos e perseguidos.
De um lado, pelos militantes gays e religiosos liberais; de outro, pelo
restante da cristandade que estará unida em torno do descanso dominical como
proposta para salvar o planeta. O mundo anda muito complicado, e vai piorar muito
antes de melhorar para sempre. [MB]
Nota 2:
É interessante notar como a esquerda se alinha com e defende o islamismo,
enquanto procura atacar os valores fundamentais do cristianismo. Cristianofobia
sim, islamofobia não! Lembra-se dos afagos entre o ex-presidente Lula e o então
presidente do Irã, Ahmadinejad? Onde estavam os militantes LGBT para protestar
contra a pena de morte contra gays no Irã? Por que os militantes gays costumam
vilipendiar símbolos cristãos, mas deixam intocada a imagem de Maomé, por
exemplo? Falta de coragem? Respeito seletivo? Por que não se voltam contra os
verdadeiros homofóbicos? Talvez porque saibam que a reação deles não será tão
pacífica quanto a daqueles que simplesmente ousam discordar de que um homem com
um homem e uma mulher com uma mulher não formam um casal. [MB]