quarta-feira, junho 22, 2016

Massacre em Orlando: culpa dos cristãos?

Estão confundindo tudo
O atentado terrorista do extremista muçulmano Omar Mateen está sendo usado por ativistas para manipular a opinião pública contra os cristãos. Essa é a constatação de David French, articulista norte-americano de linha conservadora. “Apesar das inclinações ideológicas declaradas de Mateen para o extremismo islâmico, alguns jornalistas liberais e comentaristas sociais estão culpando os cristãos conservadores pelo ataque”, disse French à National Review. O mesmo vem acontecendo no Brasil, onde os evangélicos foram associados ao tipo de extremismo que levou Mateen a matar dezenas de pessoas na boate gay. O pastor Silas Malafaia comentou esse episódio e criticou a parcialidade e distorção da imprensa. French afirmou que as opiniões liberais expressadas por diversos interlocutores dão a entender que cristãos seriam capazes do mesmo tipo de atrocidade: “O princípio parece ser este: ‘Se você se opõe ao casamento entre pessoas do mesmo sexo ou à política do uso de banheiros conforme a identidade de gênero, então você não pode legitimamente lamentar as mortes de homossexuais. Você é parcialmente responsável pelo massacre em Orlando’”, comentou. “Não importa que todas as provas efetivas no caso apontem para motivações islâmicas extremistas a partir de interpretações bem conhecidas e amplamente compartilhadas, como a lei Sharia. De alguma forma, esses ‘cristãos malditos’ seriam os culpados”, acrescentou, ironizando o raciocínio liberal que vem sendo amplamente divulgado na mídia norte-americana.

Repudiando esse tipo de distorção e manipulação, o articulista criticou a hipocrisia dos seus oponentes, propondo um exercício de imaginação a respeito das responsabilidades sobre o crime: “Isso quer dizer que Barack Obama teria sido cúmplice do massacre, se este tivesse acontecido há quatro anos, antes que ele mudasse publicamente sua posição sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo? E quanto a Hillary Clinton? Ela foi contra o casamento gay até 2013”, questionou. “O marido de Hillary [ex-presidente Bill Clinton] assinou o Ato de Defesa do Casamento. O atirador de Orlando viveu durante anos sob governos democratas que se opunham ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Acho que Bill Clinton compartilha parte dessa culpa também”, ironizou.

A crítica de French se dá pelo fato de que alguns comentaristas atribuíram aos cristãos conservadores a responsabilidade pelo ataque por supostamente “criar um ambiente homofóbico que estimulou o ódio de Mateen”. Um dos exemplos é o editorial do jornal de orientação liberal The New York Times, que classificou os mortos na boate como “vítimas de uma sociedade na qual o ódio tem raízes profundas”.

Outro caso de atribuição de culpa aos cristãos foi o de Chase Strangio, advogado da entidade União pelas Liberdades Civis Americanas, que disse que a “direita cristã [...] criou este clima anti-gay”, e não os muçulmanos: “Vocês sabem o que é evidente – seus pensamentos, orações e a islamofobia, após criar este clima anti-gay”, escreveu no Twitter. “A direita cristã apresentou 200 projetos de lei anti-LGBT nos últimos seis meses e as pessoas [estão] culpando o islamismo por isso”, acrescentou.

Em resposta, Denny Burk, professor de estudos bíblicos na Faculdade Boyce, sugeriu uma análise factual: “Um homem mata 49 pessoas. Ele liga para a emergência durante o ataque, para ter certeza de que todo mundo saberia que ele é um jihadista. E agora isso seria, de alguma forma, culpa dos cristãos?”, questionou.


Nota 1: Isso serve para mostrar como a opinião pública pode ser manipulada (e será muito mais) a ponto de hostilizar quem não tem nada a ver com a história. Cristãos não são homofóbicos pelo simples fato de discordar do “casamento” entre pessoas do mesmo sexo. Como cristão, discordo de um monte de coisas mais, mas isso não significa que eu odeie ou estaria disposto a ferir quem pensa diferente de mim. Meu Mestre Jesus pregou uma mensagem que foi de encontro a um monte de ideologias e posturas no tempo em que caminhou aqui na Terra, só que, em lugar de matar por isso, Ele morreu pelos que O perseguiram. Ele é meu Mestre, meu Modelo. Simples assim. Aliás, esse cenário de hostilização dos cristãos em breve vai se afunilar contra um grupo que defende o casamento monogâmico heterossexual e o sábado como dia de repouso, justamente porque advogam a cosmovisão criacionista. Esse grupo será tido como “fundamentalista” (aliás, já é considerado assim) simplesmente por levar a Bíblia a sério e se pautar por suas doutrinas. Por um motivo ou pelo outro, acabarão mal vistos e perseguidos. De um lado, pelos militantes gays e religiosos liberais; de outro, pelo restante da cristandade que estará unida em torno do descanso dominical como proposta para salvar o planeta. O mundo anda muito complicado, e vai piorar muito antes de melhorar para sempre. [MB]

Nota 2: É interessante notar como a esquerda se alinha com e defende o islamismo, enquanto procura atacar os valores fundamentais do cristianismo. Cristianofobia sim, islamofobia não! Lembra-se dos afagos entre o ex-presidente Lula e o então presidente do Irã, Ahmadinejad? Onde estavam os militantes LGBT para protestar contra a pena de morte contra gays no Irã? Por que os militantes gays costumam vilipendiar símbolos cristãos, mas deixam intocada a imagem de Maomé, por exemplo? Falta de coragem? Respeito seletivo? Por que não se voltam contra os verdadeiros homofóbicos? Talvez porque saibam que a reação deles não será tão pacífica quanto a daqueles que simplesmente ousam discordar de que um homem com um homem e uma mulher com uma mulher não formam um casal. [MB]