Fortalecer o lóbulo frontal e cultivar bons pensamentos são
algumas atitudes que fazem parte do “pacote” da boa qualidade de vida
No
livro Corpo Ativo, Mente Desperta, o
professor de psiquiatria em Harvard, Dr. John Ratey, afirma que níveis tóxicos
de estresse desgastam as conexões entre os bilhões de neurônios e que a
depressão crônica contrai certas áreas do cérebro, mas que o exercício físico,
ao contrário, libera uma cascata de neuroquímicos e fatores de crescimento que
podem reverter esse processo, ajudando a sustentar a infraestrutura cerebral.
Isso também melhora as habilidades cognitivas e – mais ainda – a saúde
emocional. Livros como o de Ratey e inúmeras pesquisas científicas têm deixado
claro que a boa qualidade de vida depende de vários fatores e do equilíbrio
entre saúde física, mental e, também, espiritual.
Pensando
nisso, líderes da área de saúde e especialistas no assunto decidiram realizar,
em janeiro deste ano, um congresso justamente sobre saúde mental, o Health
Summit, com o tema “Emotional Wellness – Sharing Wholeness, Serving All”. O
local escolhido foi Orlando, na Flórida, para onde 214 participantes e 19
expositores se dirigiram, de várias partes dos Estados Unidos, Canadá, América
do Sul, Europa e até da Rússia. Vida e
Saúde esteve lá e conferiu de perto os temas abordados.
Segundo
o Dr. Marcello Niek Leal, líder da área de saúde da Igreja Adventista do Sétimo
Dia na América do Sul e um dos organizadores do evento, saúde mental compreende
duas perspectivas diferentes: a visão cognitiva, relacionada com a mente, o
intelecto e a consciência; e a visão emocional, relacionada com a emoção, o
sentimento e o humor. “Esse é um tema relevante e atual, mas, infelizmente,
ainda muito mal compreendido e de alto impacto na saúde das pessoas de modo
geral”, disse ele.
A
brasileira Katia Reinert é diretora associada para o mesmo departamento, em
âmbito mundial, e foi a principal organizadora do congresso. Para ela, que tem
um PhD em enfermagem pela Universidade Johns Hopkins, o equilíbrio das emoções
vem da nossa capacidade de interagir com as pessoas e com as situações
decorrentes dessas relações. “Relacionamentos estáveis, em que as pessoas se
interessam umas pelas outras, cuidam e se sentem cuidadas, respeitam e são
respeitadas, proveem as condições necessárias para o equilíbrio emocional”, diz
ela.
[Continue lendo o artigo escrito pelo jornalista e editor da revista Vida e Saúde, Michelson Borges]