A teoria-explica-tudo em ação |
[Meus
comentários seguem entre colchetes. – MB] Mesmo pessoas que se dizem
extremamente “autênticas” não escapam de certas “amarras biológicas” em relação
a seus comportamentos. A verdade é que algumas coisas dependem menos de nós
mesmos e mais de fatores que não podemos controlar (ainda), como genética. [E
esse tipo de “determinismo genético” dá uma tremenda desculpa para o pecado,
para comportamentos contra os quais é, sim, possível – e necessário – lutar. É
uma ideia muito conveniente para abusadores, adúlteros, chefes opressores e
maridos intolerantes, agressores, e por aí vai. Sob a ótica
bíblico-criacionista, todos os seres humanos foram afetados pelo pecado, mas o
Criador, na pessoa de Jesus, promete conceder força para que possamos vence nossas
tendências, quer sejam herdadas, quer tenham sido cultivadas por anos de
desregramento (veja Filipenses 4:13). Mas vamos às tais “amarras biológicas”:]
Preferir loiras – Embora
diversos fatores (especialmente culturais) possam fazer com que um homem se
sinta mais atraído por ruivas ou morenas, por exemplo, existe uma certa
preferência herdada dos nossos ancestrais: mulheres loiras geralmente têm
a pele clara, o que “esconde” defeitos físicos com menos eficiência. Na busca
por parceiras, ainda na época em que vivíamos em cavernas [sic], era mais fácil
avaliar previamente a saúde física de mulheres de pele clara. [Impressionante
como, com base apenas em fragmentos fósseis e pinturas rupestres, os evolucionistas
parecem saber tudo sobre a vida dos supostos homens e mulheres das cavernas.
Sabem até que já havia loiras naquele tempo! Detalhe, nos países escandinavos,
as morenas são mais apreciadas. Questão de “raridade”. Simples assim. Mas já li
uma “explicação” ainda mais hilária: “Durante a última Era do Gelo, os homens tinham que viajar longas
distâncias através da tundra no Ártico para encontrar comida. Isso levou a
maiores taxas de mortalidade para os homens, bem como uma chance menor de
poligamia, porque era quase impossível manter mais de uma família com tal
escassez de alimentos. As mulheres, então, tiveram que se tornar mais
competitivas para ganhar a atenção masculina e, consequentemente, um “marido”
(provedor). Em termos evolutivos, tal seleção sexual forte levou a cores novas
de cabelo e olhos. As mulheres com olhares e cabelos brilhantes eram
extraordinariamente atraentes e apelativas.” Acho que as feministas não vão
gostar de saber disso... Então fica assim: hoje ninguém entende as mulheres,
mas os fósseis nos dizem tudo sobre as mulheres do passado.]
Trair – Esse
hábito que deveria ser menos comum tem, possivelmente, uma certa base genética:
o RS3 334 (que ficou conhecido como “gene do divórcio”) prejudica a liberação
do hormônio vasopressina, ligado à monogamia e à formação de vínculos. Pessoas
em que esse gene têm uma expressão mais forte são mais propensas a ficar
insatisfeitas em relacionamentos e a buscar relações fora dele. [Também já li
que é um imperativo genético do macho espalhar seus genes por aí, e que,
portanto, o adultério seria um “subproduto” da evolução. Mais uma desculpa
conveniente. Genético ou não, o adultério é condenado na Bíblia. Há, inclusive,
um mandamento da lei de Deus que proíbe essa prática. E quando Deus ordena Ele
capacita. A fidelidade conjugal traz a verdadeira felicidade, e isso está
provado por pesquisas.]
Abraçar – Tirando
a explicação social por trás dessa demonstração de afeto, podemos citar o lado
biológico: o contato físico positivo provoca a liberação do hormônio ocitocina,
ligado (entre outras coisas) à confiança e à formação de vínculos. [Algo
previsto pelo modelo criacionista segundo o qual Deus nos criou como seres relacionais.]
Rir – Como
as regiões cerebrais responsáveis pelo riso também regulam a respiração e a
fala, rir é uma função, de certa forma, primária. Acredita-se que o riso, desde
tempos antigos, é entendido como uma demonstração de intenções amigáveis e uma
forma de criar vínculos com outras pessoas. [Um mecanismo bem pensado,
convenhamos.]
Sentir cansaço à noite – A
rotina que a maioria das pessoas segue, de levantar pela manhã e dormir à
noite, tem relação com hormônios: a luz do sol desencadeia a liberação de
hormônios que nos ajudam a ficar em estado de alerta; já a ausência de luz
aumenta os níveis de hormônios (como a melatonina) que nos levam a buscar
repouso. [E tem mais: fomos projetados para funcionar em ciclos de sete dias,
com a necessidade de descansar no sétimo (confira). Isso revela design
inteligente e adequação do nosso corpo ao planeta em que vivemos.]
Agredir – Pessoas
com temperamento “explosivo” podem ter parte dele explicada por problemas na
amígdala cerebelosa, uma estrutura responsável por impulsos agressivos.
Normalmente, esses impulsos são controlados pelo córtex pré-frontal, que
interpreta outras informações antes de tomar uma atitude. Se o impulso for
muito forte, porém, a agressividade fala muito mais alto que a razão. [Se a
pessoa crer em Deus e busca-Lo em oração, Ele promete criar nela paz e
mansidão. Já vi muito disso na vida das pessoas – e na minha mesmo.]
Buscar material de
pedofilia – Em 2002, foi relatado o caso de um homem
casado, de 40 anos, que começou a sentir dores de cabeça excruciantes e forte
desejo por pornografia, em especial por infantil. Ao examinar o homem, médicos
descobriram que ele tinha um tumor no cérebro que pressionava seu córtex
pré-frontal. Casos como esse mostram que, certas vezes, comportamentos doentios
como a pedofilia podem ser, em parte, atribuídos a alterações em determinadas
regiões cerebrais. [Aqui fica difícil atribuir um juízo de valor, pois, de
fato, existem doenças mentais complicadas. Mas fico pensando: Caso esse homem
não conhecesse previamente a pornografia, será que ele se sentiria tentado por
ela?]