Vaidade e estupidez humanas |
Em
fevereiro deste ano, aficionados por selfies
levaram estupidamente à morte um golfinho na praia de Santa Teresita, na
Argentina. Os banhistas retiraram dois golfinhos do mar para posar com eles
para fotos. Passado de mão em mão, um dos animais acabou morrendo por desidratação.
No dia 18 deste mês, um vídeo gravado na República Dominicana e postado na internet
mostrou um pouco mais do barbarismo humano, mas, desta vez, com um toque de
ironia: os assassinos são salva-vidas! Nas imagens, turistas e um salva-vidas
retiram um tubarão azul do mar, amarram-no com cordas e chegam a colocar um pedaço
de pau na boca dele, tudo para tirar fotos com o animal, que também acabou
morrendo. [Veja o vídeo lá embaixo.]
Juma foi morta por se comportar como onça |
E
a atrocidade mais recente tem que ver com a exposição e a morte de uma onça
chamada Juma. No dia 20, alguns homens tiveram a “brilhante” ideia de
acorrentar a onça e levá-la para ser exibida durante o revezamento da Tocha
Olímpica no Centro de Instrução de Guerra na Selva, em Manaus. Juma foi abatida
por soldados após fugir e avançar contra um militar, informou o Comando Militar
da Amazônia. Diogo Lagroteria, analista ambiental especializado em fauna
silvestre e veterinário, disse que, mesmo com anos de treinamento e em
cativeiro, a onça nunca poderá ser considerada um animal domesticado. “Animais
selvagens sempre serão animais selvagens. Não tem como prever a reação deles
nesse tipo de situação”, disse o analista ambiental ao portal G1.
Resumindo:
a onça Juma foi morta por se comportar como uma... onça.
Esses
são apenas três entre muitos exemplos de maldades cometidas contra animais.
Chamaram a atenção pelo contraste entre a vida dos bichos e a vaidade humana.
Mas há também as torturas e a mortandade em massa praticadas todos os dias em
granjas, criadouros e matadouros. Nesses casos, não é a vaidade, mas o apetite
humano que se satisfaz. Mas poucos pensam nisso quando veem um pedaço de bife
ou uma coxa de frango no prato. E alguns até ignoram os caminhões apinhados de
porcos, às vezes debaixo de chuva e frio intenso, no corredor da morte para
satisfazer o paladar dos que não dispensam um bom pedaço de bacon ou uma
feijoada. No máximo, reclamam do mau cheiro quando esses carros macabros passam
pelas rodovias.
No
plano original de Deus, o ser humano deveria usar plantas como alimento e cuidar
dos demais seres vivos com os quais compartilha o planeta. Deveria amar essas
criaturas e se relacionar bem com elas, não as perseguir, torturar e comer. Há
aqueles que comem e caçam/pescam por necessidade, e essa situação, neste mundo
não ideal, é compreensível. Mas há multidões que comem carne de animais mortos por
puro prazer.
Ainda
bem que um dia essa insensibilidade toda terá fim. Apocalipse 11:18 diz que
Deus virá para destruir os que destroem a Terra. E esse dia está chegando...
(Michelson Borges; colaborou
Nelson Wasiuk)
Leia também: “Amigo animal”