Ele nasceu de novo |
No dia 12 de junho, 49 pessoas foram brutalmente
assassinadas dentro de uma boate frequentada por homossexuais, na cidade de Orlando, Flórida, nos Estados Unidos. Foi o maior ataque a tiros na história do país. Omar
Mateen, cidadão norte-americano de origem afegã, que a própria ex-esposa
admitiu ter tendências homossexuais, foi o autor do massacre e acabou, ele
também, morto pela polícia. A nação ficou consternada e houve até igrejas, como
a adventista de Orlando, que ofereceram ajuda e serviços fúnebres gratuitos. Muitas
vítimas eram latinas e, entre elas, a história de um sobrevivente chamou a
atenção: trata-se do jovem Ángel Colón, de 26 anos.
Colón recebeu seis tiros,
principalmente na cintura e na perna, e disse ao pai que agradece a chance que
teve de continuar vivo. Ele disse também que voltará à igreja na qual costumava
cantar. O pai do moço revelou que, no momento em que o tiroteio começou, seu
filho pensou que tudo iria acabar lá e voltou-se para Deus em oração: “Senhor,
não me deixe ir agora.” Quando o assassino tentou desferir o tiro mortal, na
cabeça de Colón, acabou atingindo a mão dele. Pouco tempo depois, a polícia
invadiu o local e atirou em Mateen.
Depois do que passou na boate Pulse, Colón
disse o seguinte, numa longa conversa que teve com o pai: “Não vou mais fazer
isso. Vou mudar de vida e voltar para a igreja.” E o pai concluiu: “Deus lhe
deu outra chance.”
Deus não é o autor das tragédias
neste mundo. Em primeira instância, o autor de todo mal é Satanás, um anjo que
se rebelou contra o governo divino e trouxe a rebelião para este planeta. Alguns
alegam que, sendo bom e todo-poderoso, como Deus pode permitir que o mal
exista? Bem, Ele só permite isso porque respeita muito nossa liberdade de
escolha. O mal, que é o oposto do bem e que nos permite classificar, por
exemplo, a atitude do assassino de Orlando como má, é uma prova dessa liberdade
de escolha com que o Criador nos dotou. Mas Ele prometeu que vai resolver definitivamente
esse assunto que foge ao nosso controle. Ele prometeu que um dia porá fim às
injustiças, à dor e à morte. Até lá, o que Deus faz é usar a nosso favor as
tragédias que nos cercam. Em alguns casos, elas são o “megafone” de Deus, como
dizia C. S. Lewis.
Deus procura “falar” com o ser humano
de maneira suave e amorosa. Procura impressionar o coração e a mente de todos,
convidando-os a aceitar Seu plano e as leis de Seu reino, as quais nos protegem
de muitas das mazelas que assolam este mundo. Só que, quando as pessoas
insistentemente rejeitam esses apelos, Ele precisa “gritar”. E faz isso como
alguém que vê o amigo dormindo num bote que se encaminha para uma cachoeira
fatal: se precisar jogar pedras e paus nesse amigo para acordá-lo e livrá-lo da
morte, isso será feito.
Ángel Colón levou uma “pedrada”. Ele
sabia que estava no lugar errado, na hora errada, vivendo de forma errada. Sei
que os militantes LGBT de plantão vão odiar ler e ouvir isto, mas foi o próprio
Colón que se deu conta de estar vivendo longe dos caminhos de Deus. Foi ele que
percebeu que longe do Senhor há morte e destruição. Que longe dos caminhos do
Pai Eterno não existem felicidade e satisfação verdadeiras. Este planeta é uma
grande “boate”, cheia de sons, luzes, cheiros e sabores ilusórios; cheia de
prazeres momentâneos e destrutivos; com suas distrações que só servem para
fazer pensar que a morte não nos ronda; que quando menos esperamos, uma bala
perdida (ou certeira) pode colocar um ponto final na ilusão.
Colón decidiu voltar para o Pai. E
você, o que tem feito da sua vida?