Cópia exige inteligência. E o original? |
Um
grupo internacional de cientistas anunciou um plano para criar um genoma humano
sintético dentro de dez anos. Mas o que significa isso? Que eles vão tentar
escrever um novo código de DNA para a vida humana supostamente a partir do
zero. Segundo os pesquisadores, o empreendimento, denominado Human Genome
Project-write (Projeto Genoma Humano-escrito), poderia ajudar a compreender melhor
certas doenças humanas e também reduziria bastante o custo do sequenciamento
genético. Os rumores sobre o HGP-write começaram no mês passado, quando 150
cientistas se reuniram em um encontro a portas fechadas na Harvard Medical
School para falar sobre a construção de um genoma humano inteiramente
sintético. O fato de que os jornalistas não foram autorizados a estar na
reunião foi recebido com críticas, e agora 25 pesquisadores divulgaram a
proposta na revista Science. Mesmo
assim, isso não aliviou as preocupações.
Segundo
os cientistas, o objetivo do HGP-write é levar as coisas um passo adiante do
Projeto Genoma Humano, ou seja, não apenas ler nosso genoma, mas criá-lo. Se
vão conseguir, só o tempo dirá. Mas que se trata de um projeto ambicioso, isso
é.
Embora
os cientistas já tenham conseguido criar genomas sintéticos para bactérias no
passado, escrever um código de DNA humano completo vai ser muito mais difícil. Segundo
o site Science Alert, criar um genoma humano sintético significa descobrir quais combinações químicas são necessárias
para criar também as três bilhões de bases de DNA que ficam dentro dos 23 pares
de cromossomos encontrados dentro de cada núcleo de célula do corpo humano. Em
seguida, os pesquisadores terão que descobrir onde todas essas combinações
químicas devem ficar, colocá-las juntas
no laboratório na ordem certa, e depois organizá-las para que elas possam fazer
com que uma célula se mantenha viva.
É
bom lembrar que, por estudar a complexidade do genoma humano, o diretor do
projeto, Dr. Francis Collins, abandonou o ateísmo. É bom lembrar, também, que
por pura arrogância e desinformação dos cientistas evolucionistas, muitos genes
essenciais à vida, mas cuja função era desconhecida, foram considerados “DNA
lixo”, um suposto resquício da evolução, uma ideia que, felizmente, já foi
parar na lixeira da história da ciência (confira).
Quanto
a essa nova pesquisa (o Projeto Genoma Humano-escrito), será que se trata mesmo
de criar um genoma a partir “zero”? Criar do zero significaria ter que criar
também as letras químicas que compõem o alfabeto da vida. Pegar letras e
organizar palavras e frases significa criar do “zero”? Viva a mídia
sensacionalista!
Note
também a linguagem de design nesta
frase, que afirma que é preciso colocar as combinações químicas “juntas no
laboratório na ordem certa, e depois organizá-las para que elas possam fazer
com que uma célula se mantenha viva”. Se, para copiar um genoma, os cientistas
inteligentes, dotados de muita tecnologia e muito dinheiro, precisarão
organizar as combinações químicas na ordem certa para manter uma célula viva,
como esse processo pode ter ocorrido aleatoriamente na suposta primeira célula,
sem que houvesse a interferência de um ser inteligente? Quem organizou tudo
para que pudesse ter “surgido” uma primeira célula ultracomplexa, cheia de
informação e autorreplicante? A cópia precisa de criadores, o original não?
Essa
pesquisa é realmente empolgante, mas só prova, uma vez mais, que até para
copiar o ser humano precisa se valer do design
inteligente.
Michelson Borges